Espera da aprovação do auxílio emergencial deixa setor de seguros com expectativas adicionais

O que na semana passada era recebido como uma boa notícia para a retomada do crescimento do Brasil e a normalização dos indicadores, nesta semana já é visto com cautela, afirma o economista Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. “Se esperava com otimismo a retomada do auxílio emergencial com contrapartidas de controle do déficit fiscal, mas notícias mais recentes sinalizam que a PEC pode ser aprovada sem contrapartidas, o que preocupa os agentes do mercado financeiro”, comentou Simões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, concordou, na semana passada, liberar a ajuda sem contrapartidas no curto prazo, mas espera limitar esse gasto a R$ 40 bilhões. No entanto, os bastidores das negociações relatados pelos principais jornais sinalizam que há o risco do gasto ser maior, em razão de o Congresso querer um valor de R$ 300, em vez dos R$ 250 como vinha sendo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).  

Há também o risco de Guedes não conseguir manter as medidas de contenção de despesas que tenta incluir na PEC Emergencial para o caso de calamidades no futuro. “Isso certamente deve repercutir entre os analistas de mercado diante à fragilidade fiscal do País e será importante analisar sua reação e traçar cenários de como a economia brasileira pode se comportar com as contas públicas ainda mais apertadas”, acrescenta Simões, temendo um descasamento da situação do Brasil com o mercado internacional, em que o avanço da vacinação em diversos países já sinaliza uma expectativa melhor.

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) 

Fonte: CNseg.