Hand Talk firma parceria com Porto e Azul Seguros, para levar acessibilidade em Libras nos sites das seguradoras

No último mês de maio, a Hand Talk, startup especializada em acessibilidade e traduções automáticas para Línguas de Sinais, divulgou o sinal em Libras (Língua Brasileira de Sinais) criado para a seguradora Porto. A parceria entre as organizações, que também contempla a Azul Seguros, surgiu com o objetivo de tornar os sites das empresas acessíveis para as pessoas surdas e deficientes auditivas, que majoritariamente dependem da Libras para se comunicar. Por meio do Hand Talk Plugin, com a ajuda da tradutora virtual Maya e de Inteligência Artificial, todo o conteúdo das duas marcas em texto e imagens (com descrição alternativa), agora pode ser automaticamente traduzido para a Língua Brasileira de Sinais.

Atualmente, apenas 1% dos sites brasileiros é considerado acessível para pessoas com deficiência. Enquanto isso, existem cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil que possuem algum tipo de deficiência. Dentre elas, são 10 milhões com deficiência auditiva e 2,7 milhões com surdez profunda. Para esta parcela, correspondente a 5% da população brasileira, a acessibilidade é fundamental, seja para os desafios da rotina diária fora de casa, seja na hora de realizar ações básicas, como acessar um site, um perfil de rede social ou realizar uma compra por aplicativo.

“O nosso objetivo é atender as necessidades apresentadas pela sociedade promovendo a autonomia daqueles que procuram os nossos serviços, sejam eles clientes ou corretores. Nosso compromisso é promover o acesso das pessoas a seguros e serviços simples, competitivos e confiáveis, com responsabilidade social e ambiental”, destaca Carolina Zwarg, diretora de Pessoas e Sustentabilidade da Porto.

A Porto ter um sinal próprio em Libras é um grande marco e diferencial de acessibilidade perante a comunidade surda. Na Língua Brasileira de Sinais, um sinal é como um nome em português, uma forma de identificar algo em sinais. Dessa forma a marca estreita seus laços com essas pessoas, ao ser mais facilmente reconhecida e ao criar um novo canal de comunicação com elas. O processo de criação do sinal passou por extensas avaliações, e foi feito pela comunidade surda da Hand Talk, composta por embaixadores da marca, intérpretes de Libras, colaboradores surdos e profissionais de linguística. Com base na identidade da seguradora, os próprios embaixadores sugeriram diversas possibilidades de sinais, que logo passaram por um filtro interno da Hand Talk, para então ser escolhido pela seguradora. O sinal pode ser feito ao estender a mão direita com a palma virada para cima, enquanto três dedos da mão esquerda realizam um movimento lateral ondular sutil acima dela, simbolizando a vela da Porto.

A iniciativa da Porto e Azul Seguros, junto à Hand Talk, está alinhada com a agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança) que vem crescendo no mundo corporativo. “Os ganhos de se investir nessas práticas são vários: desde uma boa administração e funcionários engajados até reflexos de marcas positivas com o público em geral. Além de tudo, as ações demonstram uma preocupação social e ambiental, desmistificando o caráter capitalista das empresas, que deixa de lado as necessidades dos demais”, complementa Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk.

Sobre a Hand Talk

Fundada em 2012, a startup brasileira Hand Talk foca em fazer bom uso da tecnologia trazendo mais acessibilidade para o mundo. A empresa oferece dois produtos diferentes, o Hand Talk App, que realiza traduções digitais e automáticas para Libras e ASL (Língua Americana de Sinais), e o Hand Talk Plugin, que torna sites acessíveis para a comunidade surda com traduções para Libras. Ambas as soluções contam com a ajuda de seus tradutores virtuais, o Hugo e a Maya. Esses dois vão além de apenas traduzir conteúdo, mas também estão aproximando pessoas através do uso da tecnologia e comunicação, aplicada em diversos ambientes, como salas de aula e famílias. Com sua ajuda, a Hand Talk busca quebrar barreiras de comunicação, contribuindo para um mundo mais justo e inclusivo.

Fonte: SEGS