Número de exportadoras bate recorde e abre novas oportunidades para o setor de seguros

O comércio exterior brasileiro atingiu um novo patamar em 2024, com 28.847 empresas atuando no setor, marcando o segundo recorde consecutivo e impulsionando a demanda por seguros especializados em exportação e transporte internacional.

A nova edição do relatório Exportação e Importação por Porte Fiscal das Empresas, divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), fornece um panorama detalhado sobre as empresas exportadoras, trazendo insights estratégicos para o mercado segurador.

Destaques do comércio exterior em 2024

  • 28.847 exportadoras ativas, um crescimento de 1,1% em relação a 2023
  • Seguro de Crédito à Exportação cresceu 4,4%, enquanto as indenizações pagas subiram 34,4%
  • Seguro RC Transportador de Cargas em Viagens Internacionais avançou 6,2% na arrecadação e 18,7% nas indenizações
  • Setores com maior crescimento: Agropecuária (+5,9%), Indústria Extrativa (+8,1% para microempresas e +2% para pequenas empresas)

A crescente formalização e diversificação das empresas exportadoras abrem novas oportunidades para seguradoras que oferecem produtos voltados ao comércio internacional.

Oportunidades para o setor de seguros no comércio exterior

O avanço das exportações impulsiona a demanda por seguros essenciais para proteger bens, serviços e operações financeiras. Entre os principais produtos do mercado segurador para o setor, destacam-se:

  • Seguro Internacional de Cargas → protege mercadorias transportadas por via aérea, marítima ou terrestre, mitigando riscos de extravio, danos e avarias
  • Seguro de Crédito à Exportação (SCE) → oferece proteção contra inadimplência, moratória e riscos políticos, assegurando o fluxo financeiro das exportações brasileiras
  • RC Transportador de Cargas em Viagens Internacionais → garante coberturas para riscos operacionais e responsabilidades legais das transportadoras

Com o aumento da participação das pequenas e médias empresas no comércio exterior, cresce também a necessidade de seguros customizados e acessíveis para esse público.

Panorama das exportadoras: quem são os novos segurados?

O relatório da Secex/MDIC aponta que as empresas exportadoras no Brasil são compostas por:

  • Médias e grandes empresas → 17.172 exportadoras (59,5%), liderando o crescimento do setor (+2%)
  • Pequenas empresas → 5.480 exportadoras, com um avanço de 1,5% em 2024
  • Microempresas e MEIs → 5.952 exportadoras, expandindo sua atuação no comércio internacional

Os setores que mais cresceram entre os exportadores foram:

  • Indústria extrativa → +8,1% para microempresas e +2% para pequenas empresas
  • Agropecuária → +5,9% de crescimento entre médias e grandes empresas.
  • Indústria de transformação → Setor dominante, com 80% das empresas exportando bens industriais

Os números reforçam que as empresas brasileiras estão expandindo sua presença global, o que exige maior planejamento financeiro e segurança nas operações internacionais.

O papel estratégico do seguro no crescimento das exportações

Com mais empresas ingressando no mercado externo, o seguro se torna um aliado fundamental para mitigar riscos e garantir maior previsibilidade financeira.

Principais benefícios do seguro para exportadoras:

  • Proteção contra inadimplência internacional → empresas não precisam arcar com prejuízos caso clientes estrangeiros não efetuem o pagamento.
  • Segurança no transporte de mercadorias → coberturas para avarias, perdas e roubos durante o trajeto
  • Redução de riscos operacionais → transportadoras e exportadores operam com maior tranquilidade e eficiência
  • Acesso a crédito facilitado → instituições financeiras consideram a contratação de seguros um diferencial para liberar financiamentos e garantias

Tendências e perspectivas para o setor segurador em 2025

À medida que mais empresas entram no comércio exterior, o setor segurador precisa se adaptar para atender novas demandas. Algumas das principais tendências incluem:

  • Produtos customizados para PMEs → desenvolvimento de coberturas específicas para micro e pequenas empresas exportadoras
  • Seguro para riscos cibernéticos no comércio exterior → proteção contra fraudes digitais e ataques a dados de exportadores e importadores
  • Expansão do Seguro Garantia → maior uso de apólices como instrumento de proteção em contratos internacionais
  • Digitalização e inteligência artificial → processos mais rápidos para emissão de apólices, sinistros e análise de riscos

Com um cenário promissor, seguradoras que souberem antecipar as novas demandas e oferecer produtos flexíveis terão vantagem competitiva.

Fonte: CNseg | Notícias do Seguro