Divulgado o Balanço Social 2001
SINDESESC
Balanço
Social: a importância estratégica do mercado segurador
A Fenaseg apresentou no último dia 23 de outubro,
ao mercado e à imprensa o Balanço Social
- Seguros, Previdência e Capitalização
- edição 2001. Na ocasião, o presidente
da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, falou sobre
a importância da responsabilidade social das empresas.
"O empresário moderno deve ter consciência
do papel social que a empresa dele tem. Temos que ter esse
olhar voltado para o social. Só pagar impostos não
resolve".
Essa consciência parece estar crescendo no mercado de
seguros, previdência complementar aberta e de capitalização.
Segundo informações do Balanço Social,
em 2001, 34 empresas do mercado segurador e quatro sindicatos
regionais investiram mais de R$ 100 milhões em projetos
sociais, seja através programas assistenciais próprios,
de incentivo à cultura e ao lazer ou da adoção
de instituições filantrópicas, beneficiando
mais de 160 mil pessoas.
Mas, mais do que mostrar as ações sociais realizadas
pelo setor, o Balanço Social é um retrato da
atividade seguradora, e evidencia a importância da missão
corporativa da atividade seguradora para o Brasil, na proteção
aos agentes produtivos e às famílias em caso
de infortúnio. Em 2001, 140 empresas na atividade de
seguros, 77 na atividade de previdência complementar
aberta, e 18 na comercialização de títulos
de capitalização devolveram à sociedade
R$ 24,2 bilhões, através da preservação
da riqueza segurada, do pagamento de benefícios, resgates
e remuneração dos planos previdenciários
e dos sorteios e resgates de títulos e remuneração
à poupança na capitalização.
O montante em reservas acumuladas em 2001 foi de R$ 38 bilhões.
A atuação deste setor é responsável
pela mobilização de mais de 3,2% do Produto
Interno Bruto (PIB) do País. A publicação
também comprova, através de números,
o elevado grau de solvência do mercado segurador brasileiro.
Em 2001, o superávit da solvência foi de R$ 6,5
bilhões. É bom lembrar que são as reservas
constituídas pelas empresas que garantem a reposição
dos bens patrimoniais, a preservação da saúde,
e a manutenção de rendas das famílias,
em casos de morte, invalidez e aposentadoria do segurado ou
beneficiário.
Ainda segundo o Balanço Social da Fenaseg, o mercado
emprega cerca de 200 mil pessoas, entre funcionários
das empresas de seguros e de corretoras. Somente nas empresas
de seguros, previdência complementar aberta e de capitalização
são 44.480 funcionários. Deste total, 51% constituídos
por mulheres. "Diferentemente dos outros setores, no
mercado de seguros a maioria dos funcionários é
do sexo feminino", ressaltou João Elisio. O dirigente
chamou a atenção ainda para o alto grau de escolaridade
das pessoas que trabalham no mercado. "Com doutorado,
mestrado e graduação superior (completa ou incompleta)
são 26.797, ou seja 60,2 % do total".
A atividade também proporcionou o pagamento de comissões
aos corretores na ordem de R$ 4,0 bilhões, enquanto
recolheu aos cofres públicos R$ 2,9 bilhões
entre tributos e contribuições, ou impostos
e taxas. Foram gastos também R$ 849,9 milhões
com remuneração de terceiros.
O setor de seguros devolveu à sociedade R$ 14,4 bilhões
em indenizações
Em 2001, o número de contratos realizados em seguros
no País foi de aproximadamente 74 milhões, nos
mais diversos ramos. Além disso, o setor de seguros
devolveu à sociedade R$ 14,4 bilhões em forma
de pagamentos de sinistros. Esse foi o custo para preservar
a riqueza segurada, que em 2001 atingiu o patamar de R$ 7,9
trilhões. Somente na carteira de automóveis,
o mercado pagou 894 mil indenizações, correspondentes
a R$ 5,18 bilhões.
A publicação revela ainda que o seguro saúde
garantiu a cerca de cinco milhões de segurados o acesso
a 23.446.114 consultas, 37.668.934 exames, 837.544 internações
e 15.751.78 outros tipos de procedimentos médicos,
perfazendo um total de 77.704.380 procedimentos.
Dpvat - O presidente da Fenaseg ressaltou também a
importância do seguro obrigatório, o chamado
Dpvat (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores
de Vias Terrestres) pago por 23,8 milhões de motoristas
brasileiros. "Todos os brasileiros têm direito
a esse seguro e pouca gente sabe disso. Dificilmente vamos
encontrar um seguro com tamanha abrangência social",
afirmou. Em 2001, esse seguro garantiu o pagamento de 119.836
indenizações, sendo 37.748 por morte, 12.224
por invalidez permanente, e 69.864 em assistência médica.
Da receita de prêmios arrecadada, R$ 1,3 bilhão,
45% foram repassados ao Fundo Nacional de Saúde, administrado
pelo Ministério da Saúde; 5% ao Denatran; e
2,8% a outras instituições. Já as indenizações
corresponderam a 29%, tendo sido pagos R$ 371,6 milhões
em sinistros.
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Quase quatro milhões de participantes de títulos
de previdência privada
Com a modernização do setor e a conseqüente
falência da Previdência Social, o segmento de
previdência complementar aberta é um dos que
mais tem crescido no mercado nos últimos anos.
No ano 2001, foram contabilizados 3.765.749 participantes
em planos de previdência complementar. O volume total
de reservas acumuladas para garantir os planos previdenciários
foi da ordem R$ 20,8 bilhões. Já o total da
receita de contribuições auferidas no ano passado
foi R$ 7,5 bilhões. Destaca-se nesse montante o crescimento
dos Planos Geradores de Benefícios Livres - PGBL, da
ordem de 87%, que representou 35% (R$ 2,6 bilhões)
da receita total.
O retorno à sociedade em forma de pagamento de pecúlios,
pensões, aposentadorias, e resgates foi nada menos
que R$ 3,7 bilhões, totalizando um universo de 1.751.731
beneficiários.
Setor de Capitalização pagou R$ 3,4 bilhões
em resgates e sorteios
A poupança acumulada pelo setor de capitalização
em 2001 alcançou o montante de R$ 6,3 bilhões
em 2001, com crescimento de 14,1% em relação
ao ano 2000, garantindo R$ 236,9 milhões de títulos
de capitalização. Foram pagos no ano passado
R$ 3,4 bilhões em títulos, sendo 160,711 milhões
de títulos resgatados (R$ 3,1 bilhões) e 135,4
mil títulos sorteados (R$ 243 milhões). A estabilização
da economia foi uma das bases de sustentação
para o desenvolvimento deste setor, pois reforçou nos
brasileiros a vontade de guardar seu capital de maneira planejada
e a longo prazo.
Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2002.
Assessoria de Comunicação Social
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