A formação e profissionalização do atuário
SINDESESC
A
formação e profissionalização do atuário
Aos jovens está difícil a inserção
profissional em qualquer que seja a área de formação
superior. No caso da atuaria, as perspectivas não são
diferentes da regra geral, em que pese a mídia passar
um cenário futuro muito alvissareiro para os atuários.
No presente, até que grande parte dos formandos bem
qualificados têm encontrado espaço de atuação
profissional, particularmente justificado pela crescente demanda
que os órgãos fiscalizadores têm solicitado
às seguradoras, entidades de previdência complementar
e afins, quanto a questionamentos técnicos relativos
aos números decorrentes de suas operações.
Assim, estes profissionais, em grande parte hoje têm
trabalhado para cumprir as exigências legais, estabelecidas
pelos órgãos fiscalizadores, aos seus empregadores
ou contratantes.
Porém, se por um lado circunstâncias diversas
restringem o número de operadores dos mercados em que
o atuário desenvolve seus trabalhos, por outro, proliferam-se
cursos de atuaria pelo Brasil, principalmente no centro-sul,
já havendo turmas com muitas dezenas de alunos.
Adicione-se este relato o aumento das padronizações
dos órgãos fiscalizadores, inibindo a criação
de planos e produtos diferenciados, espaço em que o
atuário poderia efetivamente, mediante aplicação
de conhecimentos técnicos, se destacar num trabalho
interativo com as administrações em novos planejamentos
que privilegiassem a concretização prática
das idéias, coadjuvada com o constante acompanhamento
da solvabilidade das operações das empresas/entidades.
Quanto à proliferação de cursos de atuaria,
o IBA, por um lado prepara-se para a partir de 2005 promover
exames de suficiência para admissão em seus quadros,
o que minimizará em parte o problema. Por outro lado,
continua sua luta para a criação do Conselho
Federal de Atuaria (CFA).
Quanto à adequada atuação profissional
do atuário, esta deve se constituir em âncora
imprescindível às administrações
cuja característica da atividade se centre na necessidade
de avaliações de situações eminentemente
aleatórias. Espera-se que futuras legislações
voltadas para o desenvolvimento de novos produtos de seguros
e previdência complementar, dentre outros, venham estimular
os operadores dos mercados em que o atuário trabalha,
abrindo espaço profissional que certamente acolherá
recém-formados devidamente qualificados.
Heitor Rigueira
Diretor Secretário do IBA
Fonte: Informativo do Instituto Brasileiro de Atuaria - maio/junho
de 2003