Situação das rodovias e roubos agravam quadro

Segundo estudo Fundação Getúlio Vargas (FGV), a malha rodoviária brasileira, além de se encontrar em situação precária, é pequena tanto para a extensão territorial como para a população do país. O Brasil ocupa a posição número 90 entre 181 países, com 202 quilômetros de estradas por 1 mil km² de área. "A situação é tão ruim que seria necessário construir 9,8 mil km de estradas por ano, durante 30 anos, para se chegar à média da América Latina", afirma o especialista em seguros Luiz Roberto Castiglione. Nesse estudo a FGV apura o custo do descaso com a infraestrutura dos vários governos: o PIB seria pelo menos R$ 87,5 bilhões superior aos valores atuais; as famílias deixariam de gastar os atuais 2% de sua renda com energia; teríamos uma redução real 4,9% do custo de vida. A falta de manutenção das estradas demonstra que uma rodovia tem vida útil estimada em dez anos, tempo que se inicia o processo de recuperação (investimentos). No nosso país 80% das rodovias federais tem mais de dez anos, 15% tem entre cinco e dez anos e apenas 5% tem menos de cinco anos. Castiglione lamenta a precariedade da malha rodoviária do país, apesar da enorme contribuição que proporciona para o desenvolvimento do Brasil. "De fato, o desinteresse de vários governos acabou por deixar esse setor à margem de novos investimentos. A oferta de seguros para o setor está cada vez mais restrita, não só pelas coberturas como também pelas seguradoras que neles operam", afirma o especialista. (Monitor Mercantil)