Irregularidades no IRB
Alvo de denúncias de tráfico de influências do PTB, o IRB-Brasil Re, que tem sede no Rio, é foco de irregularidades desde 2002. Segundo auditoria técnica realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o órgão deixou de ganhar US$ 240 milhões. O rombo aconteceu por aplicações financeiras, no exterior, realizadas de forma equivocada, que fez com que o instituto tivesse resgate (de dinheiro) menor do que o estimado pela direção. O resultado das investigações será encaminhado nos próximos dias à CPI dos Correios, que até sexta-feira irá concluir sub-relatório sobre o IRB. Outros três sub-relatórios serão apresentados nos próximos dias pela comissão: um é sobre contratos firmados pelas empresas de Marcos Valério; outro, da empresa E-Commerce Consultoria de Informática S.A.; e o terceiro, da SMP&B com os Correios. O sub-relator de Assuntos Financeiros da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), alertou que os dados devem ser observados nos detalhes. Levantamento preliminar do TCU, desta vez em contratos das empresas de Marcos Valério com o Governo, localizou notas frias, participação de grupos comuns nas operações e inexistência de serviços da agência (de Valério) em determinados contratos. Informações do tribunal indicam ainda que a SMP&B teria a receber R$ 630 mil relativos ao contrato irregular para prestação de serviços referentes a três eventos: o Fórum Social Mundial, o polêmico encontro de organizações não-governamentais realizado em janeiro em Porto Alegre; a Feira Transnacional, ocorrida em 2004 e o VIII Encontro de Negócio do Nordeste. (Monitor Mercantil)