Acesso ao resseguro marca uma nova etapa para operadoras de saúde

O presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Luiz Carlos Trabucco Cappi, afirmou hoje que a saúde suplementar é criticada, mal-compreendida, mas continua a ser o objeto de desejo de todos os brasileiros. Para ele, este fato deve-se ao fato de o Estado, por mais forte que seja, não dar conta de garantir a saúde da população, precisando, a exemplo do que ocorre na previdência pública, do braço privado, suplementar. Ele destacou que este fenômeno ocorre mundialmente, mesmo em economias desenvolvidas. Como exemplo, citou o caso americano, onde pesquisas mostram que os americanos acreditam mais em objeto voador não-identificado (OVNI) do que na capacidade de o Estado atendê-los adequadamente na área de saúde. O acesso à saúde está no eixo das preocupações do século XXI e o tema precisa ser discutido de forma mais racional e menos sob o prisma ideológico. “Não queremos ser amados, mas cada vez mais compreendidos”, assinalou ele. No Brasil, lembrou ele, a expectativa de vida dos brasileiros aumenta gradualmente e este movimento tem a ver com a introdução de novas tecnologias disponíveis na área médica. Contudo, o acesso exames e tratamento de Primeiro Mundo, em grande parte, é viabilizado pelo braço privado, o que significa dizer que as operadoras dão uma forte contribuição para a longevidade. Ao falar na abertura do Seminário Internacional Resseguro, realizado conjuntamente pela Escola Nacional de Seguros - Funenseg e pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), hoje, no Rio, Cappi assinalou que o momento é de expectativa no mercado. Mesmo assinalando o grau de profissionalização da gestão ocorrida nos últimos 10 anos, a partir do marco regulatório de 1988, Cappi admite que o acesso aos planos resseguro de saúde é um novo desafio para o mercado. Especialistas dizem que a principal vantagem do resseguro de saúde será pulverizar os riscos administrados pelas operadoras e garantir resultados mais estáveis. Em contrapartida, exigirá que as empresas abram mão de parte de suas receitas diretas para ter a salvaguarda do resseguro. (Fenaseg)