Vendas continuam em alta

O faturamento do mercado segurador brasileiro chegou a R$ 44,092 bilhões em oito meses, receita que, sobre janeiro a agosto de 2007, subiu 17,3%, segundo levantamento da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que exclui o ramo saúde. Os mesmos números mostram que as vendas mensais de seguros vêm crescendo desde janeiro, mas em agosto a alta de 10,6% sobre igual mês do ano passado foi a segunda menor do ano, superando apenas os 9,9% de maio. Em 12 meses, fechados em agosto, o setor apresenta expansão de 16,7%, com prêmios diretos na casa de R$ 64,936 bilhões. Nos oito meses iniciais do ano, as seguradoras desembolsaram com sinistros R$ 12,101 bilhões, o equivalente a 27,4% da receita total de prêmios captada no período, 2,5 pontos percentuais a menos que os 29,9% registrados em igual período de 2007. Até agosto último, as indenizações pagas a pessoas físicas e a empresas evoluíram 7,6%, abaixo do incremento da receita, que, pelo chamado critério de prêmio ganho, chegou a 11,9%. O crescimento da atividade de seguros nacional continuou influenciado, embora em escala decrescente, pelos os planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs). Sem o produto, o mercado teria crescido 13,8% de janeiro a agosto, frente aos oito primeiros meses de 2007. O VGBL, com prêmios da ordem de R$ 15,052 bilhões, representou 34% do total do faturamento do setor. As vendas do produto subiram no período 24,6%. AUTOMÓVEL - Até agosto, a pesquisa da Susep mostra ainda que o segmento de veículos movimentou receita de R$ 13,530 bilhões de janeiro a agosto, registrando incremento de 26,2%. Contudo, no seguro propriamente dito de automóvel, com a cobertura de responsabilidade civil, a receita atingiu R$ 9,796 bilhões, expansão de 11,1%, 2,7 pontos percentuais abaixo do crescimento médio do mercado (sem o VGBL), e abaixo dos índices de crescimento da produção e das vendas de veículos no País. Nos seguros de pessoas, o faturamento foi a R$ 7,843 bilhões até agosto, alta de 13,1%. O seguro de vida em grupo tradicional, o de maior expressão, cresceu 9,9%, para R$ 4,627 bilhões. Somado aos planos individuais e às apólices de acidentes pessoais, a carteira de vida subiu 13,6%, atingindo R$ 6,066 bilhões. Contratado para garantir financiamento na compra de bens e serviços, em caso de morte, invalidez ou desemprego do consumidor, o seguro prestamista aumentou 13,8% e quase rompeu a marca de R$ 1,5 bilhão. A área de seguros patrimoniais proporcionou vendas 10,6% superiores frente aos oito meses iniciais de 2007, ao situarem-se em R$ 4,185 bilhões. A cobertura de riscos operacionais, no entanto, diminuiu 2%, para R$ 690,1 milhões, enquanto o seguro de construção (riscos de engenharia) subiu 20,5%, para R$ 233,6 milhões, e o de garantia estendida, 32,7%, ultrapassando a marca do bilhão (R$ 1,014 bilhão). Os pacotes multirriscos cresceram 11,2% com o faturamento total alcançando R$ 1,514 bilhão. O pacote de garantias para moradia cresceram 14,6% (R$ 619,8 milhões), enquanto as coberturas empresariais subiram em menor ritmo: 9,5%, para R$ 795 milhões. As vendas de seguros ligados ao setor de transportes de mercadorias, que de janeiro a agosto acomodaram-se na casa de R$ 1,143 bilhão, aumentaram 9,6%. As coberturas de transporte nacional e internacional, juntas, cresceram 8,7%, com receita de R$ 631,9 milhões. Contudo, nos seguros financeiros, excluindo a fiança locatícia, o incremento do faturamento de R$ 286,7 milhões foi de nada menos que 61,1% até agosto. Nos seguros de crédito, a posição foi invertida: queda de 8,6%, com a receita de prêmios chegando a R$ 365,6 milhões. (Clipp-Seg Online/Jornal do Commercio)