Mesmo em época de crise, brasileiro não deixará de contratar apólices de seguro

O mercado de seguros deve continuar crescendo no próximo ano, cerca de 2%, apesar dos efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira. A aposta é do economista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Alexis Cavichini. "Quem já possui algum tipo de seguro não vai deixar de tê-lo, assim como quem já tem por hábito fazer seguro, vai continuar fazendo. Uma pessoa que trocar de carro, por exemplo, e já tem o costume de adquirir o seguro de automóvel, quando comprar o carro novo também vai colocá-lo no seguro", disse. Para Cavichini o que pode acontecer é uma diminuição de novas adesões aos seguros, o que pode fazer com que o setor cresça em ritmo menor em 2009 do que este ano. Automóvel, residência e vida - O especialista afirma que a maior incógnita no setor é o seguro de automóvel. Segundo ele, no último trimestre, este tipo de seguro foi impactado pela queda no número de vendas de carros novos. Na hipótese que este cenário se repita nos próximos seis meses, o número de adesões no segmento pode cair. Já a venda de seguros patrimoniais, como o de residência e o de pessoas, não devem ter alterações gritantes. No primeiro caso, diz o economista, os seguros são baratos, o que justificaria a manutenção do seguro e da intenção de aderir do consumidor. No que diz respeito ao segmento pessoas, este deve ser o carro-chefe do setor em 2009, especialmente por conta dos produtos ligados à previdência privada. "Hoje, tanto no Brasil como no exterior, o seguro de pessoas cresce expressivamente, pois as pessoas se preocupam muito com a aposentadoria, já que, na previdência social, é cada vez mais comum aumentar o tempo de contribuição, mas o benefício não ser atrativo", diz Cavichini. Além disso, alguns planos neste tipo de seguro têm isenção fiscal, o que deve trazer mais segurados. (Clipp-Seg Online/InfoMoney)