Setor tenta conseguir isenção de impostos para o microsseguro
O mercado segurador luta para conseguir isenção de impostos ainda este ano para colocar em prática o microsseguro, produto de baixo valor destinado as classes C e D. Entretanto, a tentativa só seguirá em frente após a apresentação do relatório conclusivo do potencial consumidor de microsseguros no Brasil, que inicialmente previsto no Ato CNPS n° 10/2008 para de 31 de dezembro de 2008 foi prorrogado para junho de 2009.
Segundo Armando Vergílio, superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), há necessidade de pesquisas complementares mais específicas sobre o potencial desse mercado. O estudo está sendo desenvolvido pela Comissão Consultiva de Microsseguros, criada no ano passado, composta por representantes dos setores público (Ministério da Fazenda, Susep, Banco Central e Ministério da Previdência Social) e privado (Fenaseg, Fenacor e Funenseg).
Para Vergílio, apesar de ainda não existir uma estrutura regulatória para o microsseguro, muitas seguradoras já operam produtos voltados para a população de baixa renda, sempre com bons resultados, o que demonstra o potencial do setor.
Além da isenção de impostos, o presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), Luis López Vázquez, defende um incentivo fiscal semelhante ao da Lei Rouanet para as seguradoras que apostarem no microsseguro. "Fica a dica para o mercado se basear nessa ideia e aperfeiçoá-la". Para ele, com esse incentivo, as perdas das seguradoras seriam compensadas no Imposto de Renda.
Fonte: DCI Online
Segundo o vice-presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, o papel do governo para impulsionar o microsseguro seria ajudar na distribuição do produto para que não haja preferência entre corretoras e na divulgação das informações do produto ao consumidor
Adepto a esta ideia, o diretor do Sincor-SP, Adevaldo Calegari, também destaca a importância do corretor para a venda do microsseguro. Calegari sugere que os corretores devem ter menos grau de habilitação e a comissão só deverá ser atrativa pelo volume de vendas.
Além dos seguros tradicionais, como vida, invalidez, saúde e outros discutidos no mercado para inserir no microsseguro, a APTS sugere a criação de novas coberturas para gravidez de filha solteira e para danos por expulsão judicial.