Especialistas reuniram-se para debater controles internos

A cada edição do Seminário de Controles Internos, realizado pela Escola Nacional de Seguros, em parceria com a CNSeg, é registrado um número maior de participantes. Desta vez quase 200 pessoas se reuniram no Hotel Caesar Business, em São Paulo, para ouvir especialistas no segmento e trocar informações, na última quinta-feira, 24 de setembro. Os oito painelistas, sem exceção, fizeram questão de enfatizar a importância do comprometimento da alta administração com o processo de gerenciamento de riscos. O diretor da CNSeg e professor do MBA Executivo da Escola, Paulo Marracini, lembrou que os administradores não têm se envolvido como deveriam nessa discussão, crendo que problemas relacionados a CI nada têm a ver diretamente com elas. “A recente crise financeira internacional, que resultou na quebra de grandes companhias, mostra que os controles internos dizem respeito a todas as áreas, inclusive dos acionistas”, afirmou. “Não se trata meramente de cumprir com as exigências legislativas e regulamentares”. Além dele, o diretor executivo da Escola, Renato Campos, e Assízio Aparecido de Oliveira, coordenador da Comissão de Controles Internos da CNSeg, abriram o encontro. A primeira palestra coube ao diretor da Susep Waldemir Bargieri. Ele explicou que passado um ano, houve uma pressão dos órgãos supervisores do mundo e dos dirigentes que compõem o G-20 por maior regulação e restrição à alavancagem. “Boa parte do que o mundo acha que deve ser feito, nós já fizemos. Por isso, o Brasil sofreu menos os impactos da crise”. Em seguida, o auditório foi dividido e foram ministradas palestras simultâneas: Maria Paula Soares Aranha, da Risk Office, abordou o tema “Gestão Informatizada de Controles Internos”, enquanto Paulo Ferreira, da Towers Perrin, tratou sobre os impactos da Medida Provisória 449 sobre as exigências de capital de solvência. As palestras se estenderam pela tarde, com “O Pilar II do Solvência II e suas implicações em termos de Aprimoramento de Controles Internos para Seguradoras e Resseguradoras”, de Ricardo Pacheco, da Ernst & Young; “Continuidade de Negócios”, de Cláudio Bassi, da Sion People Center; “É tempo de modernizar a auditoria interna”, de Alessandro Ribeiro Duarte, da PricewaterhouseCoopers; “Indicadores de Riscos para Prevenção a Fraudes”, dos gerentes Elias Zoghbi e Eduardo Farias, da Deloitte Touche Tohmatsu. A última palestra foi conduzida por Fernando Rodrigues Pereira, da CNSeg, que se dedicou a mostrar os instrumentos para mitigação de riscos e melhoria dos resultados operacionais. O gerente propôs que gestores adotem uma postura preventiva em vez de reativa. Fonte: Escola Nacional de Seguros