Outubro Rosa: Mulheres mastectomizadas podem fazer Micropigmentação pelo SUS

 A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) lançou mais um projeto que beneficiará os pacientes em tratamento contra o câncer de mama, em especial, as mulheres. Será oferecida gratuitamente para mulheres de baixa renda a técnica de Micropigmentação do Complexo Aréolo-Papilar, após a reconstrução da mama em pacientes mastectomizadas. O projeto foi apresentado em Teresina.

O projeto terá início no dia 7 de maio e será oferecido gratuitamente para as pacientes atendidas através Sistema Único de Saúde (SUS). As interessadas em participar devem se dirigir ao serviço social da RFCC, que fica localizado no Hospital São Marcos, centro da capital.

Para o mastologista Dr. Pádua Filho, o método tem contribuído para restaurar a forma e as características que denotam beleza e harmonia a esse órgão, símbolo de maternidade, fertilidade e sexualidade feminina. “Queremos trazer a autoestima dessas mulheres de volta e proporcionar uma melhor qualidade de vida”, ressaltou.

Indicada pelos cirurgiões plásticos para reparar ou reconstruir a aréola mamária, a micropigmentação possibilita através de técnicas avançadas a reprodução uniforme da cor e formato da aréola e do mamilo que desparece após a realização da cirurgia. A esteticista Dirce Arcoverde explica que a técnica consiste na implantação de pigmentos na camada subepidérmica da pele através do auxílio de agulhas e de aparelho especializado.

“A técnica é eficaz em seus resultados e produz uma uniformidade na cor dos seios, deixando-o mais similar possível ao seio existente”, disse a esteticista que realizará o procedimento em sua clínica de forma voluntária para as mulheres.
Segundo a voluntária da RFCC-PI, Tânia Cardoso, a realização da mastectomia causa uma série de transformações psicológicas nas mulheres por ser um dos maiores símbolos da feminilidade. “Muitas mulheres sentem dificuldades em se adaptar a sua nova imagem corporal após a cirurgia. Muitas delas ficam com a autoestima baixa por medo de não se sentirem atraente sexualmente. E foi a partir disto que pensamos em um projeto que pudesse proporcionar uma melhor qualidade de vida às pacientes”, destacou a voluntária que é coordenadora do projeto Alertar da entidade.

No Piauí, só no ano passado, foram 3.359 novos casos de câncer, sendo o de mama o tipo de maior incidência. Em 2012, do total de casos da doença registrados no Estado, 504 foram câncer de mama.

Fonte: http://surgiu.com.br/noticia/84274/mulheres-mastectomizadas-podem-fazer-micropigmentacao-pelo-sus.html (Portal RFCC de Blumenau)