No combate à fraude, tecnologia

Pesquisa recém-divulgada pela SAS, empresa de análises de dados de negócios (Business Analytics - BA), revela que apenas 13% das seguradoras norteamericanas usam uma variedade de técnicas, incluindo BA e análises avançadas (Advanced Analytics), e que apenas 21% monitoram a incidência de fraude em tempo real. O estudo constata ainda que, dentre as empresas que fazem o uso do BA, 57% tiveram crescimento anual de 4% na detecção de fraudes. Já entre as seguradoras que não têm soluções automatizadas de detecção, ou que se baseiam apenas em regras de negócios, tão somente 16% delas tiveram um crescimento similar.

Para a SAS, no combate ao aumento das fraudes é fundamental que as seguradoras busquem maneiras de melhorar suas defesas por meio da revisão de processos e do investimento em novas tecnologias. Segundo o estudo, entre os maiores obstáculos enfrentados por muitas seguradoras estão as falhas em seus sistemas de detecção, soluções arcaicas, dificuldades no processo de integração de dados, e atividades de terceiros que resultam em dados incompletos ou não confiáveis.

Além disso, outro grande problema apontado pela pesquisa é a quantidade de falsos positivos gerados. O excesso de confiança na detecção de fraudes baseadas em red flags (indicadores de potenciais problemas), ou pauta filtros, pode gerar um alto número de alertas indevidos que reduz a eficiência operacional e faz aumentar os custos. Essas altas taxas também podem impactar negativamente na experiência dos clientes. O processo de sinistros é a vitrine de qualquer seguradora.

e elas precisam aprimorar a identificação e o tratamento de bons clientes assim como dos fraudulentos.


Solução híbrida

Na avaliação da SAS, em termos de detecção, a primeira linha de defesa é - e deve continuar sendo - os próprios analistas de sinistros das seguradoras. As ferramentas analíticas não devem ser vistas como uma substituição para esse serviço, mas sim uma linha a mais de defesa que ajuda a equipe de especialistas a apontar novas fraudes que possivelmente não seriam detectadas.

De qualquer forma, segundo a empresa, abordagens já existentes deixam a desejar porque os investigadores analisam os casos isoladamente. Além disso, essas abordagens falham na avaliação de histórico, análise minuciosa da rede ou na realização de comparações. A SAS explica ainda que muitas seguradoras utilizam sistemas que focam em monitoramento de transações, apresentando bom funcionamento para requisições individuais de sinistro, entretanto elas são menos efetivas no monitoramento de comportamento do consumidor diante de múltiplos sinistros e linhas de negócios, com o intuito de sinalizar clientes que aparentam ser normais, mas operam 'camuflados'.

Fonte: SindsegSP | Jornal do Comércio