Mercado projeta indicadores econômicos piores

O mercado financeiro ampliou a projeção de retração da economia para este ano, ao passar a taxa negativa de 1,35% para 1,45%, na virada da semana. Foi a quinta revisão seguida do índice constatada na pesquisa Focus, divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central. O enfraquecimento do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, tem relação direta com os problemas enfrentados pela indústria: na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 3,65%, este ano, e crescimento de 1,5%, em 2016.

Sobre os indicadores de inflação, o mercado projeta aceleração. Na inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI),  a estimativa subiu de 7,08% para 7,31%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,94% para 7%, em 2015.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para aferir a inflação oficial, teve alta pela décima semana seguida em sua projeção. Desta vez, de 8,79% para 8,97% no ano. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%, há cinco semanas. Com tal projeção, a inflação este ano deve estourar o teto da meta, que é 6,5%, ao passo que o centro da meta é 4,5%.

A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015, e subiu de R$ 3,30 para R$ 3,40, no fim de 2016.

Com a aceleração dos preços, o mercado acredita que a taxa básica de juros, a Selic, alcançará 14,25% ao final do ano- na semana passada era 14% ao ano. No final de 2016, a Selic deve ficar em 12% ao ano.

Fonte: CNseg