Sete anos de Lei Seca para combater a mistura entre direção e álcool

Este mês a Lei Seca completa sete anos em vigor. De autoria do deputado federal Hugo Leal, a norma sofreu uma alteração em 2012 que, além de aumentar o valor da multa administrativa de R$ 957,69 para R$ 1.915,38, podendo dobrar em caso de reincidência no período de 12 meses, ofereceu uma gama maior de possibilidades de comprovação de que o motorista estava sob o efeito do álcool ou de qualquer substância psicoativa, como teste do bafômetro, exame de sangue ou clínico e outras provas como imagem ou vídeo.

De acordo com um estudo do Ministério da Saúde, neste período de vigência da Lei Seca, a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45%, passando de 2% em 2007, para 1,1% em 2013. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013.

Em todo o Brasil, a Lei Seca vem apresentando números positivos. No Distrito Federal, de acordo com matéria publicada no portal G1, um balanço divulgado pelo Detran apontou que a norma ajudou a reduzir em 20,8% o número de mortes no trânsito até o ano passado. Entre junho de 2007 e junho de 2008, quando a lei começou a valer, foram 500 mortes. No primeiro ano da lei, foram 422 mortes, e em 2014, 396.

Já no Rio de Janeiro, no primeiro trimestre deste ano, a Operação Lei Seca (OLS), que realiza as blitze de trânsito, registrou uma queda nos casos de alcoolemia em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 5.332 casos apontados em 91.993 testes do etilômetro (5,8%), de acordo com nota publicada no site da OLS.

O número de vidas perdidas no trânsito brasileiro ainda é muito alto. Há um longo caminho a ser percorrido, mas a Lei Seca ajudou a dar destaque a um problema gravíssimo, que é a mistura entre direção e álcool. Que cada vez mais motoristas estejam conscientes de que dependemos da atitude de cada um de nós para mudar essa realidade tão alarmante. É possível sair e se divertir sem colocar a vida de terceiros em risco. Pegue um taxi, eleja um “motorista da rodada” ou use o transporte público. Faça a sua parte para que, ano após ano, os números de mortes nas estradas brasileiras seja cada vez menor.

Respeite e valorize a vida!

Fonte: Equipe DPVAT