Ônibus estava regularizado, mas não tinha seguro

O ônibus que se envolveu no acidente que matou cinco pessoas no fim de semana na BR-280, em Corupá, estava regularizado junto à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), tinha Certificado de Segurança Veicular (CVS), estava autorizado para fazer a viagem de Sombrio a Foz do Iguaçu, mas não tinha seguro.

A informação, repassada pela ANTT em resposta a um pedido da reportagem de A Notícia, esclarece uma série de dúvidas em relação ao veículo e à responsabilidade pela viagem.

Segundo a ANTT, Nair Godinho Teixeira é a proprietária do veículo de placas CRY 9343, fabricado em 1999, que está sendo usado em comodato com a empresa Miro Tur, de Claudemir Machado, e com Certificado de Registro para Fretamento (CRF) válido até 21 de julho de 2016.

Foi emitida uma autorização de viagem para o ônibus, com saída de Sombrio no dia 20 de novembro e destino em Foz do Iguaçu, no Paraná, e passagem por Ciudade del Lest, no Paraguai. O retorno a Sombrio estava previsto para o domingo, ao meio-dia.

— Quanto ao seguro vencido, a ANTT irá apurar a responsabilidade da empresa, uma vez que ela declarou que possuia seguro de responsabilidade civil — diz a nota emitida pela agência.

Porém, para a ANTT, quem deve responder pela viagem é a Miro Tur, que tem cadastro e está regularizada junto à agência. Segundo a nota, a dona do veículo, Nair Godinho Teixeira, não autorizada a prestar os serviços de fretamento perante a ANTT.

Porém, segundo o delegado Adriano Spolaor, todas as pessoas envolvidas serão ouvidas e podem ser indiciadas. Ele já abriu um inquérito e pediu a análise do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O dono da Miro Tur, Claudemir Machado, disse que "emprestava" o CNPJ e as notas da Miro Tur para que Nair pudese atuar e fazer o transporte de passageiros, já que ela só tem um veículo. Nair Godinho Teixeira admitiu que usa o CNPJ da Miro Tur para fazer viagens para Aparecida (SP) e Foz do Iguaçu (PR) mas garantiu que a documentação está em dia. Os dois devem ser ouvidos pela Polícia Civil. 

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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