Seguro aprovado pela Susep permite que mecânicas usem peças usadas

Em SP, peças são identificadas por etiqueta com informação de origem. Novo processo aqueceu o mercado de peças usadas.

Um novo seguro aprovado pela Susep, Superintendência de Seguros Privados, autoriza as oficinas mecânicas a usarem peças usadas no conserto dos carros, motos e caminhões. Uma etiqueta que está fazendo uma grande diferença na compra e venda de peças usadas de veículos. Antes era impossível dizer de onde elas vinham. Mas desde o ano passado uma lei obriga os desmanches de todo o Brasil a se cadastrem nos Detrans dos estados e informarem todas as peças retiradas de veículos.

Em São Paulo cada peça tem uma etiqueta que funciona como um RG, de que parte ela foi tirada do carro, a marca do carro e quando isso aconteceu. É o código de barras que dá todos os detalhes. Para conferir a origem da peça basta baixar um aplicativo no celular ou no tablet. É um aplicativo de QR Code ou de leitura de código digital. O código que está na peça aparece é automaticamente ele já abre no site do Detran. “O Detran hoje em dia possui um sistema informatizado que interliga as várias partes que atuam nesse ramo do comércio de peças. Desde o leiloeiro ao estabelecimento que comercializa as peças, eles estão integrados nesse sistema. Então, ele permite rastreabilidade de ponta a ponta”, fala o diretor de veículos do Detran/SP, Israel Alexandre de Souza. Esse novo processo aqueceu o mercado de peças usadas. “Não só segurança, como volume também, ano passado a gente teve um crescimento de 50% na demanda com nossas peças. Mostra que consumidor realmente aprendeu a acessar peças e quebrou preconceito da peça usada que sempre era vista como ilegal e agora passa a se entender que existe versão legal das peças”, diz o presidente da empresa Artur Rufino. Outra vantagem para o consumidor é um seguro que acaba de ser criado usando as peças dos desmanches. O cliente que aceitar que o carro seja consertado com peças usadas vai pagar mais barato.

“Isso não era possível antes porque não se sabia de onde vinham as peças que circulavam no mercado. Então, a seguradora não iria adquirir essa peça sabendo que a origem da peça poderia ser um veículo furtado.

A partir do momento que nós temos um mercado confiável, um estoque de peças usadas, de origem garantida tornou possível essa criação dessa nova modalidade de seguro que é um benefício para o cidadão porque tende a ser mais barato”, fala Alexandre.

Fonte: CQCS