Os esforços em conjunto do setor em prol da Educação em Seguro

“A história da civilização é a história do conhecimento e da educação”, afirmou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, citando o educador Paulo Freire, durante a abertura do 1º Seminário Susep de Educação Financeira, realizado pelo órgão regulador, com apoio da CNseg, no Rio de Janeiro, em 19 de maio.

Afirmando-se um entusiasta de primeira hora desse projeto de educação financeira, particularmente, de educação em seguro, Coriolano lamentou que antigos fundamentos do setor, como proteção e prevenção contra riscos, ainda não sejam de amplo domínio da população brasileira. Fundamentos que, particularmente, em momentos conjunturais complexos e desafiadores como os que vivemos hoje, em que o consumidor perdeu renda e emprego e precisa fazer difíceis escolhas, precisam ser amplamente disseminados por meio de investimentos contínuos em educação em seguro.

Utilizando a associação de seguradores mais prestigiado da Europa, Insurance Europe, como referência, o presidente da CNseg listou os pontos que considera fundamentais em um programa de educação em seguro:

  1. Fortalecer a noção de prevenção de riscos junto à população;
  2. Ajudar a população a encontrar a melhor informação quando esta necessitar tomar decisões de proteção contra riscos;
  3. Desenvolver a capacidade de decisão e a confiança da população diante de oportunidades de proteção ;
  4. Prover os consumidores com o melhor entendimento possível sobre os fundamentos do seguro e as diferentes características dos produtos;
  5. Expandir as oportunidades de escolha do consumidor e assegurar que ele possa tomar sempre a melhor decisão possível.

Pontos, estes, que devem ser amplamente disseminados também entre os dirigentes e demais colaboradores das instituições do setor, por meio de todos os canais possíveis.

O lado benéfico da crise

Também abordando a atual conjuntura brasileira, o superintendente da Susep, Roberto Westeberger, afirmou que o lado benéfico dessa crise é a possibilidade de tomada de consciência sobre a necessidade de se investir fortemente em educação, considerada por ele como o maior problema do Brasil.

Educação como força emancipadora

Na mesma linha, o presidente da FenaCor, Armando Vergílio afirmou que “a maior riqueza que uma pessoa pode ter é a da educação, capaz de emancipar os indivíduos”, aproveitando para destacar a importância dos corretores no processo de educação financeira, devido à enorme capilaridade desse grupo de profissionais, que têm contato direto com os consumidores.

A linguagem adaptada a cada público

Falando como um especialista em educação, o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, afirmou que esse projeto de educação em seguro deve alcançar desde o aluno do 2º grau ao universitário, da criança ao idoso, sempre adequando a linguagem para a melhor comunicação com cada um desses públicos.

Assinatura do protocolo de intenções

Um dos momentos mais importantes, da abertura foi a assinatura de um protocolo de intenções para a execução conjunta de programas relacionados à Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), ainda durante a abertura do evento, sendo subscrito pela Susep, CNseg, Fenacor e Escola Nacional de Seguros.

Fonte: CNseg