Zurich reúne especialistas e clientes em SP para debater Engenharia de Riscos e mudanças climáticas

A Zurich, seguradora global com 143 anos de existência, atuação em mais de 170 países e mais de 70 anos de experiência no mercado brasileiro, realiza pelo terceiro ano consecutivo o Risk Engineering Workshop, em linha com a missão da companhia: ajudar seus clientes a entender e se proteger dos riscos. A terceira edição, que ocorreu no último dia 23, reuniu 122 profissionais, entre clientes e parceiros, e teve doze palestras apresentadas por especialistas.

Sob a temática “Construindo um futuro melhor com o que o passado nos ensina”, o evento discutiu formas de prevenção contra riscos causados pelas mudanças climáticas e como a tecnologia pode ajudar as áreas de Engenharia de Risco. “O tema chave é aprendizado dos eventos do passado”, disse na abertura do evento Carlos Cortés, Superintendente de Risk Engineering da Zurich, logo após as boas-vindas aos presentes por Mário Orozco, Chief Risk Engineering Officer da Zurich LatAm.

“Somos uma rede de engenharia global, o que nos ajuda a monitorar riscos globalmente, aprender lições de eventos passados e, a partir disso, ajudar nossos clientes a prevenir os riscos que os provocaram”, destacou Cortés. “Com a realização deste evento, a Zurich cumpre seu papel de ajudar clientes e mercado a entenderem e se proteger de riscos, além de fornecer insights para preservar a continuidade das operações e lucratividade das empresas”, declarou Cortés ao dar início às palestras.

Mudanças climáticas e mensuração de riscos

Considerando as mudanças climáticas e a dificuldade das empresas para se adaptar a elas, Nariman Maddah, especialista em riscos da natureza da Zurich, iniciou a primeira palestra do dia: “Se não fizermos previsão, não poderemos agir”. A fala do profissional está relacionada à aplicabilidade da engenharia em análises de vulnerabilidades e na incorporação dessas mudanças climáticas, ainda uma oportunidade de melhoria na maioria das empresas.

Ao citar as dificuldades deste tipo de análise, Maddah comentou que não é fácil encontrar mapas de riscos de inundação no Brasil, essencial em planos de prevenção de riscos em algumas regiões.  “Fiz vistoria em muitas plantas e, quando começamos as discussões sobre desenvolver um plano de emergência para desastres naturais, muitos dizem que nunca passaram por uma inundação ali, por isso não existe a necessidade de se criar um plano. No entanto, a maioria das empresas não possui plano de emergência para incêndio sem terem sofrido um incêndio?”, provocou o palestrante.  “Hoje o asfalto impede que a água seja absorvida do mesmo modo quando não havia urbanização”, exemplificou ao citar maior risco de alagamentos em algumas cidades do País.

Para conhecer o nível de periculosidade na avaliação de riscos de desastres naturais, a Zurich utiliza uma metodologia própria. Nela são definidos níveis de exposição, conhecidas informações de onde e quando foi construída a planta, bem como a conformidade do design de engenharia do local. É necessário coletar dados climáticos da região também. Só após essa etapa é que são sugeridas ações preventivas a serem desenvolvidas.

Explosão do pó: O inimigo oculto

A gerente de Qualidade de Risk Engineering da Zurich, Andressa Meireles, fez uma das palestras mais comentadas do evento. A uma plateia de mais de 50 pessoas, Andressa falou sobre explosão do pó e afirmou que o risco ainda é desconhecido por empresas e funcionários. “Você pode ter acúmulo de pó, derivado ou não de processos, e entender que é limpo, quando na verdade a poeira pode estar escondida”, afirmou.

Para ilustrar o assunto, a engenheira química listou os tipos de pós que podem servir de combustível e causar explosão quando combinados com oxigênio e fontes de ignição, quando dispersos em espaço confinado. Farinhas, pó de madeira, açúcar, carvão mineral e vegetal, resina fenólica, tinta em pó, alumínio, magnésio, zinco e alguns metais alcalinos em pó são os principais exemplos. Calcário, sal, bicarbonato de sódio, cimento e areia são, alerta a gerente, elementos que não são considerados “poeiras combustíveis”.

“Historicamente temos observado explosões com pó de madeira, de grãos alimentícios e poeiras sintéticas”, explicou ao também listar as principais fontes de ignição que podem gerar faíscas e, consequentemente, incêndios: faíscas mecânicas (peças de equipamentos que se soltam), fricção (próprio equipamento em funcionamento) e eletricidade estática.

Andressa apresentou ainda as principais medidas tomadas pela Zurich para avaliar os riscos de explosão do pó. As etapas passam por avaliação de risco, que pode ser realizada pelo Zurich Hazard Analysis (metodologia desenvolvida pela Zurich para avaliação de riscos); housekeeping, uma série de medidas simples a serem adotadas no dia a dia das corporações (evitar uso de vassouras e ar comprimido para limpeza, por exemplo); controle de processos; atenção ao desenho das edificações; vistoria de instalações elétricas; e treinamento de funcionários da planta a fim de instruir sobre riscos específicos do pó.

Metodologia Zurich para revelar, avaliar e reduzir riscos

Também com sala lotada, Carlos Cortés, Superintendente de Risk Engineering da Zurich, ministrou palestra que detalhou a metodologia da Zurich na identificação de riscos. “O risco é um perigo ou uma exposição avaliada em função da probabilidade de ocorrência e da severidade das consequências”, afirmou.

A metodologia criada e usada pela seguradora, nestes casos, é denominada Zurich Hazard Analysis (ZHA) e segue sete passos para identificar riscos:

ü Definição do escopo da análise;

ü Escolha de líder e equipe multidisciplinar de análise;

ü Elaboração de catálogo de perigos a partir de um brainstorming com a equipe;

ü Mapeamento de riscos baseado na definição de probabilidade e severidade;

ü Definição de ações de mitigação e reavaliação da probabilidade e severidade como se as ações já tivessem sido implantadas;

ü Implantação de ações propostas pela equipe;

ü Revisão periódica da análise.   

 

Tecnologia a favor da prevenção

O time de engenheiros da companhia aproveitou a oportunidade para apresentar os módulos do aplicativo Zurich Risk Advisor, desenvolvido pela Zurich para ajudar na identificação de riscos. A tecnologia permite, por exemplo, auto avaliar o risco de incêndio através de um simples questionário diretamente na aplicação.

“Para apresentação de resultados imediatos, os dados inseridos no aplicativo são cruzados com a metodologia Risk Grading, desenvolvida pela Zurich, a qual também propõe ações de melhoria de riscos”, explicou o Luis Felipe, engenheiro de riscos, sobre a aplicação que serve também como uma triagem para análises mais profundas pelos profissionais da Zurich. 

Kleber Santos, engenheiro de risco da Zurich, falou sobre gestão de mudanças direcionada à prevenção de riscos. O profissional destacou a cobrança por eficiência nestes casos: “A mudança não se resume ao menor custo da mudança e, sim, em pensar em toda a cadeia que está envolvida naquele processo”.

Segundo Santos, o principal objetivo deste tipo gestão é que os riscos associados as mudanças sejam adequadamente mitigados antes da mudança acontecer. “O erro é que algumas análises de risco focam apenas nos equipamentos e custos, e não em todo o processo”, finalizou.

Para o engenheiro de Segurança do Trabalho da Raia Drogaria S/A, Marcelo Ramos, que acompanhou toda a programação, esta foi a melhor discussão do evento. “O assunto é atual, visto que as pessoas precisam entender que mudanças exigem atenção de toda uma cadeia”, comentou.  

Ao lado de Carlos Cortés, Ruy Braescher, perito da Arson Perícias Técnicas, André Lopes, diretor da Crawford, e Roberto Hernandez, Diretor de Sinistros da Zurich Brasil, encerraram o evento com o painel de discussão “O Dia Depois” no qual apresentaram casos de todo o que acontece após da ocorrência de um sinistro e também a proposta de valor da área de sinistros da Zurich.

Outras palestras, que aconteciam concomitantemente falaram sobre “Inundações: Como proteger seu negócio com a ‘Filosofia dos Três Pês”, “Como um único fornecedor pode afetar todo o mercado”, “Gestão de Frotas”, “A importância da manutenção no gerenciamento de riscos”, “Confiabilidade: fator-chave dos sistemas de combate a incêndio” e “ Gestão de riscos em obras de infraestrutura”.

Sobre a Zurich

Zurich Insurance Group (Zurich) é uma seguradora líder que opera em mercados globais e locais. Com cerca de 55 mil colaboradores, fornece uma ampla gama de soluções de seguro Vida e não-Vida. Entre os clientes da Zurich estão particulares, pequenas, médias e grandes empresas, incluindo multinacionais, em mais de 170 países. O Grupo foi fundado em 1872 e está sediado em Zurique, Suíça. O Zurich Insurance Group Ltd (ZURN) está listado no SIX Swiss Exchange e tem o nível I no programa American Depositary Receipt (ZURVY), que é transacionado fora da bolsa no OTCQX.

Para mais informações sobre a Zurich, consultar www.zurich.com.

Sobre a Zurich no Brasil

A Zurich Seguros soma o conhecimento do mercado brasileiro, no qual tem mais de 70 anos de experiência, à expertise internacional em soluções de seguros multicanal. A Zurich atesta solidez financeira e segue rígido padrão global de conduta, praticado em todas as suas operações. Dedica-se a compreender as necessidades dos clientes e oferece soluções para pessoas físicas e jurídicas, de pequenas empresas a multinacionais. Tendo o Brasil na sua estratégia de crescimento, e decidida a contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país, visando o médio e longo prazo, a companhia dispõe de produtos e serviços sob medida para este mercado.

Fonte: B9B