Banco Mundial destaca a urgência da adoção de políticas que protejam os mais vulneráveis

O Banco Mundial e o Fundo Mundial para a Redução dos Desastres e a Recuperação (GFDRR) divulgaram o relatório “Unbreakable: Building the Resilience of the Poor in the Face of Natural Disaster’s (‘Inquebrável: Construindo a Resiliência dos Pobres contra Desastres Naturais”) na vigésima segunda Conferência das Partes (CP 22), onde destaca a urgência da adoção de políticas com um planejamento inteligente com relação ao clima que melhor protejam os mais vulneráveis.

O tema é urgente e tem o passado que mostra a importância de ações. Um valor estimado de 1 milhão de filipinos caiu na pobreza em 2013 depois da passagem do tufão Haiyan que destruiu mais de 1 milhão de moradias e afetou a economia nacional causando prejuízos de US$ 12,9 bilhões. Também cita a Guatemala, devastada pelo furacão Stan em 2005 e que obrigou a 7,3% das famílias afetadas a fazer seus filhos trabalhar em vez de enviá-los para a escola. São situações típicas quando ocorre um desastre natural, que não deixa só um rastro de devastação, mas também aumenta ainda mais a pobreza nas comunidades.

O relatório traz um método para medir os danos causados ​​por desastres na economia e também para os mais vulneráveis. Segundo o estudo, as catástrofes naturais custam para a economia mundial até US$ 520 bilhões (60% mais do que se informa habitualmente) e empurram cerca de 26 milhões de pessoas para a pobreza a cada ano.

Diante disso, o estudo propõe um conjunto de “políticas de resiliência”, que ajudarão os pobres a enfrentar as consequências de eventos meteorológicos extremos. Entre as sugestões, sistemas de alerta prévio, maior acesso aos serviços bancários pessoais, apólices de seguros e sistemas de proteção social (tais como transferências de dinheiro e programas de obras públicas) que poderiam preparar as pessoas para responder de forma mais adequada e se recuperar da crise.

Os governos também são chamados a fazer investimentos essenciais em infraestruturas com barragens e outros meios para controlar os níveis de água e desenvolver políticas apropriadas sobre o uso do solo e normas de construção. Estes esforços devem visar especificamente a proteção dos cidadãos mais pobres e vulneráveis, e não apenas aqueles com bens de alto valor.

O estudo destaque os esforços para gerar uma maior resiliência entre os pobres já existentes em alguns países. Um bom exemplo é o esforço gerado a partir do Mecanismo de Seguro de Risco para Catástrofes no Caribe (CCRIF) que, no mês passado, graças a um inovador programa de seguro, Haiti, Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e as Granadinas receberam US$ 29 milhões para utilização em trabalhos de recuperação depois de serem atingidos pelo furacão Matthew.

Assista ao vídeo. Simples e tão educativo e que tem apenas 2 minutos e meio para dizer muito.

Fonte: Sonho Seguro