47% dos empregos correm risco de desaparecer nos próximos 20 anos

47% dos empregos correm risco de desaparecer nos próximos 20 anos, à medida que avançam tecnologias como inteligência artificial e robótica entre outras. É o que afirmam Michael A. Osborne e Carl Benedikt Frey, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, no estudo “O futuro da empregabilidade: quão suscetíveis são os empregos à informatização?”.

A pesquisa avaliou mais de 700 tipos de ocupação, as tarefas que realizam cotidianamente e as habilidades necessárias para isso, ponderando os níveis de dificuldade e facilidade para serem realizadas por máquinas. Entre as profissões que correm mais risco, aquelas relacionadas a transporte, logística, apoio administrativo e mesmo as da indústria de serviços. Isso inclui contadores, médicos, advogados, professores, burocratas e analistas financeiros, que poderão ser substituídos por tecnologias mais eficientes na análise e comparação de dados para a tomada de decisões mais eficientes e com menos chances de falha e fraude. Já as atividades que envolvam criatividade e habilidades sociais, devem permanecer.

Apesar de esse processo de substituição de trabalhadores por novas tecnologias já acontecer desde antes da Revolução Industrial, a expectativa é que as mudanças que ocorrerão nos próximos anos sejam bem mais impactantes que quaisquer outras até então. Se antes havia a possibilidade de o profissional mudar de atividade ou profissão quando a sua era ocupada por uma máquina, a tendência é que isso seja cada vez mais difícil, fazendo com que, nos próximos 20 anos, as funções de nível médio praticamente desapareçam.

Mas como se sustentaria uma sociedade com taxas de desemprego estrutural na casa dos 25%, 30% ou 35%? E como se sustentaria essa massa de desempregados? Felizmente, já há pessoas pensando nessas consequências, como é o caso de especialista da Escola de Negócios Wharton, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, Art Bilger, fundados da organização sem fins lucrativos Working Nation. Segundo ele, os sistemas de ensino precisarão ser totalmente reformulados, voltados a ensinar as habilidades que os trabalhadores precisarão para os empregos que estarão disponíveis no futuro. E os que já estão no mercado de trabalho também precisarão ser reeducados para encontrarem novas atividades.

>>Para mais informações, acesse o site da Universidade de Oxford clicando aqui.

Fonte: CNseg