Inflação 2017: preços administrados devem voltar a ser protagonistas

O cenário macroeconômico da semana terá como um de seus principais pontos a perspectiva para a inflação de 2017, na qual os preços administrados devem voltar a se tornar protagonistas. Os preços de combustíveis têm apresentado tendência de alta nos últimos meses, em decorrência de decisões de aumento do preço do combustível pela Petrobrás em novembro e dezembro de 2016. Além disso, o movimento de alta de preços de combustíveis no início de 2017 também resulta de questões sazonais: a tendência é de haver aumento no começo do ano por conta da escassez de etanol anidro, que compõe o preço da gasolina final vendida nos postos.

As tarifas de energia elétrica, outro exemplo de preços administrados, também deverão preocupar. No segundo semestre, elas serão reajustadas por conta de repasses de dívidas das transmissoras de energia realizados no passado. O aumento da tarifa ainda não está definido. Estima-se, entretanto, que a alta será superior a 8% a partir do segundo semestre deste ano. Assim, existe o risco de que a alta de preços administrados acumulada em 2017 fique acima da estimativa realizada pelo Banco Central.

No entanto, isso não significa que a tendência da inflação será determinada pelos preços administrados, já que a inflação de preços livres deverá apresentar novas acomodações ao longo do ano de 2017. A evolução destes deve ser impactada pelos preços de alimentos. Vale comentar que os preços de produtos agropecuários no atacado seguem em queda. Além disso, existe um viés de baixa para os preços de alimentação nos próximos meses por conta do aumento da safra agrícola ao longo do ano de 2017. Com isso, a perspectiva da inflação nos próximos meses segue sendo de acomodação, em especial por conta de preços livres. Seguiremos atentos às oportunidades e riscos desse cenário.

GESTÃO

No mercado local, a bolsa de valores seguiu o ritmo de valorização neste começo de ano e encerrou a quinta semana consecutiva de alta, com valorização de 2,34%, aos 66.0333 pontos. Já nos Estados Unidos, o mercado continua atento às primeiras medidas adotadas pelo presidente Donald Trump, fato que deve garantir volatilidade aos mercados. Além disso, a divulgação do PIB norte americano do 4º trimestre decepcionou os investidores. O Dólar encerrou com queda de 1,04%, cotado a 3,149.

Os destaques positivos no mercado de ações foram Cielo, com recuperação após as quedas registradas nas primeiras semanas do ano, e Banco do Brasil, que foi impulsionado pela “possível” privatização do Banrisul. Já na ponta negativa, destaque para as ações da Petrobras, que reagiram à redução do preço da gasolina e diesel.

O mercado de juros continuou o movimento de queda das taxas futuras nos vencimentos mais longos, com os investidores reagindo a perspectivas de menor inflação para 2017. Já a parte mais curta da curva permaneceu estável. Os destaques da semana foram: Janeiro de 2018 com alta de 0,5 pontos; Janeiro de 2019 se manteve estável; Janeiro de 2023 com queda de 5 pontos e Janeiro de 25 queda de 8 pontos.

SOBRE A MAPFRE - A MAPFRE Brasil, no país desde 1992, é parte do grupo espanhol que forma uma das maiores empresas de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro, de saúde e pesquisa do mundo. Sólida e inovadora, está presente em mais de 51 países na Europa, Ásia, África e América. Especialista nos segmentos em que atua, a MAPFRE Brasil opera com bases de negócios sustentáveis e é dividida em unidades de Investimentos, Consórcios, Capitalização, Previdência e Vida Resgatável, Saúde, Assistência e Pesquisa e Desenvolvimento (CESVI Brasil). A companhia ainda mantém a Fundación Mapfre, instituição sem fins lucrativos, que promove e desenvolve atividades de interesse geral da população.

A unidade MAPFRE Investimentos é especializada na gestão de fundos de investimentos que atendem aos segmentos de pessoa física, jurídica e institucional, totalizando hoje um volume superior a R$ 9 bilhões.

Fonte: CDN - Comunicação