MAPFRE Investimentos: Divulgação do Relatório Trimestral de Inflação é destaque da semana

Com projeções do Banco Central do Brasil para índices de inflação para os próximos anos, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que será divulgado nessa quinta-feira, dia 30, é o principal destaque da semana. O relatório contemplará diagnósticos e prognósticos do BCB acerca do cenário externo e da conjuntura doméstica, incluindo a evolução da atividade econômica, fiscal, do crédito e do Balanço de Pagamentos. Mais do que isso, o RTI apresentará as projeções da autoridade monetária para o IPCA de 2017 e 2018 nos cenários de mercado e de referência.

Poucos sustentam que essas projeções não serão reduzidas em relação às do RTI anterior. As atas dos últimos Comitês de Política Monetária já apontavam reduções das projeções do BCB. O que se questiona é quais serão os possíveis efeitos dessas projeções de inflação na política monetária daqui para frente. Nesse sentido, é importante acrescentar três comentários. Um deles é relativo à velocidade de queda da taxa de juros e como ela influencia o tamanho do ciclo de queda de juros. Quanto mais intensa a redução da taxa de juros no curto prazo, menor a magnitude da diminuição total da taxa no longo prazo, e vice-versa.

O segundo comentário é o de que ainda não há motivos para se considerar que já houve redução da taxa de juros real neutra, ou seja, a taxa de juros que não proporciona pressões de inflação no longo prazo. Afinal de contas, a economia brasileira não apresentou ganhos de produtividade nos últimos anos e os desequilíbrios fiscais seguem acontecendo. De fato, o déficit do setor público continua em plena trajetória de elevação. E mesmo se o projeto do Executivo de reforma da previdência for integralmente aprovado pelo Congresso Nacional, sem nenhuma modificação, o endividamento do setor público continuará em sua rota ascendente.

O terceiro comentário que se pode fazer acerca da taxa de juros refere-se à possível mudança da meta de inflação. Como se sabe, o Conselho Monetário Nacional decidirá em meados deste ano qual será a meta de inflação do ano de 2019. Argumenta-se que a queda da inflação corrente já justificaria a diminuição da meta central, de 4,5%. Por outro lado, a experiência dos anos de 2003 e de 2004, últimos anos em que a meta de inflação foi fixada abaixo de 4,5%, constitui um contra-argumento. As taxas efetivas de inflação nestes anos ficaram acima dos limites superiores fixados originalmente. Ou seja, se a inflação surpreender ainda mais para baixo, reduções adicionais da taxa Selic poderão ser preferíveis à redução da meta de inflação.

cid:image005.png@01D2A6E8.90CB9410GESTÃO

A semana que passou foi de apreensão para os investidores. No cenário local, os desdobramentos da operação “Carne Fraca” aumentaram o grau de incerteza em relação à recuperação econômica do país, uma vez que o setor de carnes tem grande representatividade na balança comercial. Além do impacto vindo do setor externo, outros produtos começam a sofrer os impactos da diminuição na produção de carne, como é o caso do milho, que caiu mais de 9% desde a divulgação da operação. No mercado de câmbio, o dólar se valorizou frente ao real e encerrou a semana com alta de 0,64%, cotado a R$ 3,1276.

No mercado de ações, a volatilidade começou a aumentar e o Ibovespa novamente apresentou queda semanal de 0,55%, chegando aos 63.853 pontos. Os principais destaques negativos foram as ações do setor de siderurgia, energia e imobiliário. Pelo lado positivo, o destaque da semana ficou com Pão de Açúcar, que subiu mais de 7% com a possibilidade de venda da Via Varejo.

No mercado de juros, a curva brasileira seguiu o movimento dos juros norte americanos e do dólar, registrando nova queda. O fato de Donald Trump não ter conseguido aprovar sua proposta de reforma do sistema de saúde levantou a dúvida se ele conseguirá avançar nos futuros projetos, trazendo assim uma pressão baixista nas taxas. Os destaques da semana foram: Janeiro de 2018 com queda de 11 pontos; Janeiro de 2019 com queda de 9 pontos; Janeiro de 2021 queda de  10 pontos; Janeiro de 2023 com queda de 9 pontos e Janeiro de 2025 em queda de 12 pontos.

SOBRE A MAPFRE - A MAPFRE Brasil, no país desde 1992, é parte do grupo espanhol que forma uma das maiores empresas de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro, de saúde e pesquisa do mundo. Sólida e inovadora, está presente em mais de 51 países na Europa, Ásia, África e América. Especialista nos segmentos em que atua, a MAPFRE Brasil opera com bases de negócios sustentáveis e é dividida em unidades de Investimentos, Consórcios, Capitalização, Previdência e Vida Resgatável, Saúde, Assistência e Pesquisa e Desenvolvimento (CESVI Brasil). A companhia ainda mantém a Fundación Mapfre, instituição sem fins lucrativos, que promove e desenvolve atividades de interesse geral da população.

A unidade MAPFRE Investimentos é especializada na gestão de fundos de investimentos que atendem aos segmentos de pessoa física, jurídica e institucional, totalizando hoje um volume superior a R$ 9 bilhões.

  Fonte: CDN - Comunicação