Bomba nuclear detonada pelos norte-coreanos poderia matar 90% dos americanos em até um ano

O físico William R. Graham, ex-conselheiro científico do presidente Reagan, e Peter Vincent Pry, ex-oficial da CIA responsável por analisar a estratégia nuclear soviética e russa, alertaram, em audiência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos no dia 12 de outubro, para as consequências de uma eventual detonação de uma bomba nuclear de EMP (Pulso Eletromagnético, na legenda em inglês) por parte da Coreia do Norte: a morte de até 90% de todos os americanos dentro de um ano. 

Um ataque EMP poderia ocorrer por meio da detonação, entre 30 e 400 km de altitude, de uma bomba de hidrogênio, colocada em um míssel, ou mesmo um satélite, criando um pulso eletromagnético que eliminaria a toda rede elétrica dos EUA. Assim, sem luzes, sem computadores, sem telefones, sem internet e sem quaisquer sistemas de comunicação e locomoção, o caos se instauraria. A falta de refrigeração estragaria rapidamente muitos dos alimentos e remédios, causando fome em massa. Não haveria nem água limpa, nem qualquer tipo de transação financeira que não fosse o escambo.

Segundo os dois especialistas, membros da Comissão de Avaliação de Ameaças aos EUA sobre Pulsos Eletromagnéticos, as baixas não resultariam da explosão, pois ela aconteceria em um ponto muito alto para que seus efeitos nucleares fossem sentidos fortemente no chão. Mas a perda de infra-estrutura que sustenta a vida poderia trazer um desastre lento, mas eficaz.

“Depois de grandes falhas de inteligência ao subestimar grosseiramente as capacidades de mísseis de longo alcance da Coreia do Norte, o número de armas nucleares, a minimização das ogivas e a proximidade de uma bomba H, a maior ameaça norte-coreana aos EUA continua desconhecida – um ataque EMP nuclear”, declararam em conjunto.

“Um ataque EMP seria o uso mais militarmente efetivo de uma ou poucas armas nucleares, além de ser a opção nuclear mais aceitável pela opinião mundial, a opção mais suscetível de ser interpretada nos EUA e internacionalmente como ‘restrita’ e um ‘tiro de advertência’”, declara Pry.

A comissão do EMP parou de receber recursos em 30 de setembro. Ela foi criada em 2001 e foi ampliada várias vezes ao longo dos anos, a última vez em 2016. Esta extensão não aconteceu nos últimos meses, mesmo quando a Coreia do Norte emitiu uma ameaça específica em setembro para realizar um ataque EMP e publicou um documento técnico no jornal oficial do partido comunista “Rodong Sinmun” descrevendo alguns detalhes sobre o assunto.

Infelizmente, os especialistas não informaram se uma bomba nuclear de EMP lançada contra os EUA chegarim a afetar os EUA, mas não há dúvidas que um colapso norte-americano afetaria gravemente toda a economia mundial. 

Fontes:The Washington Times e Daily Wire