Preocupação com a inflação volta ao radar, segundo CNseg


26 de Julho de 2021 - Expectativas Econômicas - Energia elétrica, gasolina e alimentação pesaram nos itens avaliados pelos analistas que mais acertam as projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Os chamados “TOP 5” puxaram da mediana do IPCA, de 6,49% para 7,03% para este ano. Para 2022, a mediana subiu de 3,75% para 3,80% para 2022, considerando todos os analistas consultados. “Realmente é muito preocupante. Se a inflação oficial medida pelo o IPCA veio em junho numericamente abaixo do esperado, mas qualitativamente pior, o IPCA de julho pode vir a trazer surpresas negativas em ambos os aspectos”, destaca Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras, ao analisar os dados do IPCA-15, divulgados na semana passada.

Segundo Simões, a projeção para 2022 é muito importante, pois é nela que está o foco da política monetária. “Com inflação mais alta no curto prazo, é natural que se espere um ajuste maior dos juros nominais para que os juros reais continuem no nível considerado necessário para trazer a inflação de volta à meta no prazo relevante. E isso ocorreu a despeito da continuidade do ajuste na expectativa mediana para a Selic, que para o final deste ano subiu de 6,75% para 7,00%, a mesma projeção para o final de 2022”, destaca o economista.

Um item que segurou um avanço maior da inflação foi um produto do setor de seguros tomado de forma ampla, os planos de saúde, que com o rateio do reajuste da ANS (que foi negativo este ano) feito pelo IBGE em sua metodologia para distribuir a variação ao longo do ano, caiu 1,36%, comenta Simões.

Leia a íntegra do Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas produzido pela CNseg.


Fonte: CNseg