História: o que aconteceu em 28 de agosto de 1924?


No dia em que o SindsegSC foi fundado como Comitê Mixto Paranaense e Santa Catharinense de Seguros, em Curitiba (PR), ocorreu também o fim da Revolução Paulista. Nesta data, 28.08.1924 foi comemorado a vitória militar do exército legalista.

De acordo com o site da Wikipédia, a enciclopédia livre, a Revolta Paulista de 1924, também chamada de “Revolução Esquecida”, “Revolução do Isidoro”, “Revolução de 1924” e de “Segundo 5 de julho”, foi a segunda revolta tenentista. O texto abaixo, resume os principais momentos dessa história que marcou o Brasil.

“A capital paulista foi palco do maior conflito urbano da história do Brasil, em cenas que lembravam a Primeira Guerra Mundial, com explosões de bombas, moradias e prédios destruídos, bombardeios por aviões, soldados com metralhadoras, população fugindo pelas ruas, tanques de guerra cruzando a cidade e trincheiras abertas nas ruas. Teve início na madrugada de 5 de julho e terminou em 28 de julho de 1924. A revolta foi motivada pelo descontentamento dos militares com a crise econômica e a concentração de poder nas mãos de políticos de São Paulo e Minas Gerais.

A Batalha

Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924, a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o bairro da Penha, em 9 de julho,[5] depois de ter sido bombardeado, pelos revoltosos, o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista na época. Carlos de Campos ficou instalado em um vagão adaptado na estação Guaiaúna, da Central do Brasil, onde se encontravam as tropas federais vindas de Mogi das Cruzes.

No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras no estado de São Paulo. Os revoltosos então entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga, convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, e respondeu aos revoltosos: Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente!” —Coronel Fernando Prestes

Bônus de guerra utilizado pelos revolucionários de 1924.

A cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como Mooca, Ipiranga, Brás, Belenzinho e Centro, que foram seriamente afetados pelos bombardeios. Centenas de edificações foram destruídas ou gravemente danificadas pelos canhões enviados de trem, do Rio de Janeiro. As ruas se encheram de escombros. O socorro às vítimas foi extremamente penoso. Depois das três semanas que durou a revolução, o saldo de mortos foi de 503, com 4 846 feridos, fez com que cerca de 250 000 habitantes da cidade fugissem para outras cidades por segurança.

Sem artilharias nem aviões para enfrentar as tropas legalistas, os tenentes rebeldes se retiraram para Bauru na madrugada de 28 de julho, onde Isidoro Dias Lopes ouvira a notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul. Às 10 horas da manhã de 28 de julho Carlos de Campos retornou ao seu gabinete no Palácio do Governo.

Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Os tenentistas recuaram rumo ao sul do Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, unindo-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes.

O general de divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar, que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução tenentista. Outro general, o general Noronha, criticou a retirada precipitada da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo.

Consequências

Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos denominado a Coluna da Morte.

O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição a Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de julho.

Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes, a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente”.

Apresentar essa ação histórica, faz parte das atividades comemorativas dos 97 anos do SindsegSC. Acompanhe nossos conteúdos publicados no portal de informações www.sindsegsc.org.br e os posts nas redes sociais Facebook e LinkedIn.


Fonte: SindsegSC – Sindicato das Seguradoras.