Economia permanece desaquecida no início do último trimestre


21 de Dezembro de 2021 - Expectativas Econômicas - Os indicadores de atividade divulgados ao longo da semana passada foram unânimes em confirmar que, após a queda do PIB no segundo e no terceiro trimestre – configurando uma recessão técnica – a economia permanece desaquecida no início do último trimestre do ano, destaca o economista Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. “A grande questão é quanto vai custar a desinflação em termos de PIB. Vários indicadores que norteiam as projeções do Boletim Focus dependem de fatores que vão desde o timing do efeito da política monetária até o volume de chuvas para dar um alívio a questão hídrica. Com isso, a cada divulgação de indicador, as projeções sofrem mudanças”, comenta.

Nesse cenário, as projeções para o crescimento do PIB este ano continuam em queda, de 4,65% para 4,58% nesta semana. Para 2022, a projeção de crescimento se manteve em 0,5%. Já as projeções para o IPCA exibem sinais mistos: o IPCA um pouco mais baixo que o esperado em novembro – ainda que alguns analistas levantem a hipótese de que as promoções da Black Friday expliquem isso – faz com que as projeções para este ano sejam levemente corrigidas para baixo (10,05% para 10,04%), enquanto, para o ano que vem, para cima (5,02% para 5,03%).

Simões também ressalta a aprovação da PEC dos Precatórios pelo Congresso atrelando o espaço fiscal obtido ao Auxílio Brasil e às despesas com reajustes de benefícios previdenciários. “Isso não significa, de maneira alguma, que a questão fiscal ficou para trás, pois surgem novas demandas, como aumentos salariais, especialmente em um ano eleitoral. Além disso, o Orçamento será votado sem que se saiba exatamente qual será o teto de gastos, pois a PEC alterou sua correção para o uso do IPCA acumulado em 12 meses até dezembro.”

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.


Fonte: CNseg