Como o low-code vai impulsionar a evolução digital das seguradoras

A disrupção na indústria de seguros ainda é lenta se comparada a setores próximos, como o bancário e o de meios de pagamento. De acordo com uma pesquisa do Gartner, a maior parte das empresas deste segmento ainda segue em estágio inicial ou adota uma abordagem mais moderada para a transformação digital. Se a eficiência operacional é prioridade, a necessidade de gerar experiências que valem a pena e não criam problemas é imperativa, pois só assim a base de clientes se mantém viva e, o melhor, começa a se expandir.

De acordo com Karina Rodrigues, head de Negócios em Inovação da Nexmuv, a tecnologia Low-code tem potencial de ser o elemento transformador da indústria de seguros nos próximos dois anos. “As empresas que se anteciparem para a adoção de tecnologias mais novas, mais simples e de ponta irão sair na frente e estarão mais bem preparadas para responder às demandas de mercado”.

A principal vantagem do Low-code começa por eliminar o desperdício de tempo e dinheiro em projetos de transformação digital. Com resultados rápidos, ela ajuda a evitar que projetos digitais não gerem ou demorem a gerar os resultados esperados. Outro ponto importante é o acesso mais rápido a tecnologias e frameworks como Inteligência Artificial, Automação, Nuvem e Integração. “O Low-code capacita a inovação na empresa sem a necessidade de orçamentos proibitivos e com menor risco para a organização. Também garante melhor ROI (Return on Investment) e Time- to–market”, explica Karina.

Um exemplo prático aconteceu com uma seguradora internacional de origem americana, que conseguiu aprimorar a eficiência operacional e gerou economias substanciais para seus processos e resultados com o Low-code. Sua capacidade de entrega de projetos de TI aumentou significativamente, com até 4 a 5 vezes mais agilidade. Com a introdução de novos aplicativos desenvolvidos em Low-code, as vendas de apólices aumentaram em 274% e a base de clientes cresceu 400%.

Já em uma renomada seguradora suíça, o foco foi aprimorar a experiência de seus agentes de seguro através de um novo canal omnichannel, que inclui um portal e aplicativo iOS e Android. Em um tempo recorde de 4 meses, o novo canal foi criado com a tecnologia Low-code, que possibilitou a oferta de soluções ágeis e funcionais para a maior satisfação dos corretores e facilitando a manutenção contínua do sistema.

Acredita-se que até 2024, o Low-code estará presente em 65% das aplicações devido a sua eficiência e simplicidade, atuando diretamente na automação e hiper automações de processos. “Estes dois exemplos mostram como a tecnologia já tem impulsionado o setor e pode ampliar ainda mais, em um momento de trabalho híbrido e também onde falta mão-de-obra qualificada em TI”, finaliza.

Fonte: N. F. | Revista Apólice