O número de vendas de carros novos cresceu em 2024. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, no ano passado, a comercialização teve uma alta de 15,5% em relação a 2023. Com o aumento de automóveis adquiridos, vem a preocupação: como proteger o veículo de possíveis danos e acidentes? A solução é recorrer a seguradoras ou cooperativas.

O presidente da comissão de seguro auto da Federação Nacional de Seguros Gerais, Jaime Soares, explica que essas empresas têm naturezas jurídicas e regras de execução bem diferentes. Ele ressalta que as seguradoras regulamentadas pela Superintendência de Seguros Privados, com relação de consumo prevista no Código Civil e protegida pelo Código de Defesa do Consumidor

Geralmente, por oferecerem maior previsibilidade e garantirem indenização contratual, os seguros tradicionais são a primeira opção de compradores. Mas, cada vez mais, as cooperativas vem se tornando uma alternativa a altos valores.

O bombeiro militar Erick Silva resolveu trabalhar como motorista de aplicativo para complementar a renda. Por anos, o carro compartilhado com parentes era protegido por uma seguradora.

Ao decidir usar o carro para fins comerciais, ele resolveu comprar um automóvel para rodar pela cidade do Rio. Neste momento, ele decidiu recorrer à proteção de uma cooperativa.

Em 15 de janeiro deste ano, foi sancionada a Lei Complementar 213/2025, que regulamenta a ampliação da participação das cooperativas no mercado de seguros e também de grupos de proteção patrimonial mutualista. Até então, as cooperativas funcionavam como sociedades de pessoas sem fins lucrativos que decidiam como seria realizada a gestão e a utilização dos recursos.

Com a lei, as associações que prestam os serviços ficam sujeitas às exigências da Susep e à taxa de fiscalização trimestralmente cobrada, que pode ir de cerca de R$ 19 mil a quase R$ 1 milhão, a depender do ramo e do tamanho da organização.

De acordo com um relatório do movimento nacional de valorização do cooperativismo Somos Coop, no Brasil, em 2023, 20% do cooperativismo de transporte era relacionado ao transporte individual de passageiros.

Dados divulgados em fevereiro de 2025 mostram que, em 2024, as receitas de seguradoras totalizaram R$ 435,56 bilhões, o que representa um crescimento de 12,2% em relação a 2023.

Fonte: Band