Taxa de desemprego bate recorde de alta

A taxa de desemprego no País permanece elevada, mesmo com alguns sinais de melhora da economia. No primeiro trimestre, fechou em 13,7%, estabelecendo mais um recorde e englobando mais de 14 milhões de trabalhadores sem ocupação. Nos três meses até fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa de desemprego estava em 13,2% e, no primeiro trimestre de 2016, em 10,6%. "Fechamos o trimestre com notícias nada favoráveis para o mercado de trabalho. As pessoas estão tendo que se jogar no mercado em busca da sobrevivência", advertiu o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, referindo-se ao número recorde de 103,123 milhões de pessoas na força de trabalho, ou aqueles que estão disponíveis para trabalhar, aumento de 1,4% cento sobre o ano anterior. O desemprego alto é um fator limitante do aquecimento da demanda.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de trabalhadores sem emprego nesta última atualização atingiu 14,176 milhões, 27,8% a mais do que no primeiro trimestre de 2016, ou 3,1 milhões a mais de pessoas sem um posto.

A população ocupada, ainda segundo o IBGE, de 88,947 milhões em março, representa o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2012, início do levantamento, após recuo de 1,9% sobre o mesmo período de 2016. Também o número de trabalhadores com carteira assinada caiu a 33,406 milhões de pessoas no primeiro trimestre, o menor contingente da série.

O setor com maior número de dispensas no período sobre 2016, segundo a Pnad Contínua, foi o de agricultura e pecuária, com 758 mil trabalhadores a menos. O IBGE informou ainda que a renda média do trabalhador subiu 2,5% no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 2.110.

Fonte: CNseg