Diversidade e carreira encerram mês da Mulher


Uma mesa redonda feita por mulheres, com mulheres, para mulheres e para todos. Encerrando o mês dedicado às causas femininas, o programa Mesa Redonda do Seguro, do portal CQCS, convidou a diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, para um bate-papo sobre carreira, conhecimento, mercado de seguros, posicionamento feminino, diversidade, gestão e educação. A atração, que segue o mesmo formato do programa Roda Viva, da TV Cultura, aconteceu na tarde do último 31, no canal da TV CQCS, no YouTube.

Com um currículo de 50 anos dedicados à gestão, profissionalização e capacitação de pessoas, Maria Helena foi entrevistada por sete jornalistas da imprensa especializada, todas mulheres. Perguntada sobre qual o grande aprendizado da carreira, a diretora destacou a necessidade de continuar se aperfeiçoando. “Isso me norteou desde o início. Necessidade de estar sempre aprendendo. Estamos em um processo de aprendizado contínuo e a vida é isso. Vide o momento pelo qual estamos passando e que nos obrigou a aprender tantas coisas novas e nos adaptarmos. Portanto, o que aprendi e aprendo realmente com a vida é que temos de continuar sempre investindo em conhecimento”, disse. 

Diversidade e carreira

A pouca presença feminina em cargos de alto escalão no mercado de seguros também foi uma questão muito abordada ao longo do programa. Maria Helena comentou que, hoje, o setor já possui entidades autônomas que fortalecem o compromisso com as melhores práticas de diversidade e inclusão, como o Instituto pela Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros (IDIS) e a Associação de Mulheres do Mercado de Seguros (AMMS).

“Já se provou que diversidade dá dinheiro. Os nossos clientes de seguros são os mais variados, vêm de todos os tipos, de todas as classes econômicas, e, para entender melhor esse cliente, precisamos ter uma equipe muito diversa. Além de tudo, o seguro é um setor naturalmente adaptado para mulheres, porque é um ambiente de cuidado. Vejo muitas mulheres fazendo bastante sucesso neste mercado e acho que temos de liderar mesmo, pelo exemplo. Tanto que já vimos neste ano de 2021 mulheres sendo nomeadas para os cargos máximos, como CEOs nas seguradoras. E esta é a melhor coisa para incentivar as mulheres que estão entrando no mercado a prosseguirem e fazerem uma carreira séria”.

Mulheres chefes de família

Outro importante aspecto levantado no debate foi o cenário das famílias pós-pandemia, que, tudo indica, passou a ter ainda mais mulheres como chefe de seus núcleos. Maria Helena contou que, há dois anos, quando a ENS publicou o estudo “Mulheres chefes de família no Brasil: avanços e desafios”, baseado nos números da PNAD até 2018, o País já possuía mais de 40% das famílias chefiadas por mulheres.

“A realidade está mudando muito rapidamente. Com certeza, depois desta pandemia, se fizermos um outro estudo para avaliarmos este cenário constataremos que isso mudou drasticamente. Suspeito que, agora, temos quase metade da população brasileira chefiada por mulheres. Isso muda muito a realidade das empresas e dos produtos de seguros, pois são as mulheres quem estão comprando”, ressaltou.


Fonte: ENS.