Nova RBRS analisa impactos da mortalidade no Seguro


Já está no ar a 27ª edição da Revista Brasileira de Risco e Seguro (RBRS), publicação eletrônica online da ENS voltada para a comunidade acadêmica. Este número contou com a colaboração de 16 articulistas, que produziram sete artigos inéditos.

O professor do Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador de Regulação da Susep, César Neves, e as cientistas atuariais, Fabiana Macedônio e Rye Takeda, apresentam, em “Pandemia de covid-19: estimativa do impacto na mortalidade brasileira usando Modelo de Lee-Carter", uma análise do excesso de mortalidade devido a causas totais e naturais ocorridas no ano de 2020, que podem ter sido acarretadas pelo surgimento da pandemia da covid-19.

Seguindo a linha de estudos relacionados à mortalidade, tema recorrente no último ano, os atuários da Universidade Federal do Ceará (UFC), professora Luciana Moura e o mestrando Jaime Phasquinel, graduam e revelam tábuas de mortalidade para a população do estado do Ceará, sob a perspectiva da utilização de modelos bayesianos no estudo “Graduação de Taxas de Mortalidade Aplicadas à População do Estado do Ceará: uma Abordagem Bayesiana”. O objetivo é mostrar que, devido ao aumento da sobrevida da população brasileira juntamente com o crescimento das discussões previdenciárias, os indicadores de mortalidade apresentam impacto direto sobre o custo dos planos de saúde, previdência e seguros.

A importância do amparo nas atividades agrícolas

No rol de novos estudos relacionados ao Seguro Rural, dois artigos compõem a vigésima sétima edição da RBRS: “A dependência espacial do Seguro Rural no Brasil” e “O Seguro Rural e o programa de subvenção ao prêmio do Seguro Rural no estado de Minas Gerais: um estudo de caso”.

O primeiro, de autoria da doutora em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Patrícia Ramos, do mestre em Estatística e Experimentação Agropecuária também pela UFLA, Leonardo Biazoli, e do doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lincoln Frias, analisou a distribuição espacial das apólices de seguro rural dos municípios brasileiros, observando que elas não estão espalhadas aleatoriamente pelo território nacional. A intenção foi levantar questões como quais culturas mais demandam Seguro Rural, quais localidades mais o contratam e quais os tipos de sinistros mais frequentes. Uma vez que, dada a importância do setor agropecuário na economia brasileira, o seguro para a atividade rural torna-se um mecanismo eficiente de proteção de renda.

O segundo artigo, do professor do programa de Extensão Rural da Universidade Federal de Viçosa, Gustavo Braga, e do mestre em Extensão Rural da mesma instituição, João Paulo Galvão, se propôs a analisar o mercado de Seguro Rural no estado de Minas Gerais, revelando que há uma centralização em relação às atividades agrícolas amparadas e das seguradoras que oferecem o serviço.

“Análise de Performance e de Alocação de Fundos de Pensão de Servidores Públicos” foi o tema do artigo de Fábio Garrido, doutor em Administração com ênfase em Finanças pelo Coppead/UFRJ, e de Carlos Heitor Campani, Ph.D. em Finanças pela EDHEC Business School. O trabalho investigou, de 2015 a 2019, a performance e a alocação de quatro fundos de previdência complementar fechada de servidores públicos federais (Funpresp-Exe e Funpresp-Jud) e dos estados do Rio de Janeiro (RJPrev) e Espírito Santo (PREVES).

Seleção Adversa com foco em seguros

Já o professor da UFRJ, Paulo Pereira Ferreira, no texto “Seleção Adversa”, trata do problema da seleção adversa com foco principal na área de seguros, abordando os principais fatores que podem conduzir a este processo, com destaque para a aceitação de riscos, a precificação de seguros, o prazo de vigência e o resgate antecipado.

Fechando a edição, o professor de Ciências Atuariais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), juntamente com os graduandos Cristina de Assis e Luiz Felipe Rodrigues, debateram, no artigo “Judicialização da Saúde e Disclosure: o que as operadoras de planos de saúde no brasil estão e o que não estão divulgando”, como a judicialização da saúde vem apresentando significativos impactos no segmento de saúde suplementar brasileiro.

A nova RBRS está disponível para leitura gratuita no site rbrs.com.br e no Acervo Digital da ENS.


Fonte: ENS