Cinco tendências para a capacitação de pessoas

As oportunidades de capacitação e desenvolvimento são critérios importantes na hora de escolher, permanecer ou mudar de emprego para 92% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com Pesquisa Workmonitor, realizada pela randstad, em 2022, com mais de 30 mil pessoas ao redor do mundo. Nesse sentido, é importante ter um olhar cada vez mais atento das empresas para com os seus funcionários. Dada a relevância do tema para o desenvolvimento profissional das pessoas e, consequentemente, para a prosperidade do negócio, em qual direção as empresas devem focar seus projetos de capacitação? Valdirene Soares Secato , Diretora de Recursos Humanos, Ouvidoria e Sustentabilidade do Grupo Bradesco Seguros, aponta abaixo algumas das tendências para o mercado em 2023:

1 – Trilhas de aprendizagem

Por oferecer diversos conteúdos sequenciais que buscam ensinar com maior profundidade sobre um determinado tema, as trilhas de aprendizagem têm se mostrado grande aliada do desenvolvimento profissional. Esse modelo apresenta uma variedade de formatos e tamanhos, podendo envolver textos, palestras, entrevistas, podcasts entre outros. A apresentação em partes também facilita na hora do consumo, sendo que o funcionário pode se dedicar ao treinamento, adaptando assim o aprendizado a sua rotina.

2 – Nanolearning

Com a disputa cada vez mais acirrada pela atenção, dados os inúmeros estímulos que recebemos a todo instante, criar conteúdos relevantes, que se encaixem em curtos espaços, é um grande desafio. Surge aí o nanolearning, que consiste em doses de conhecimento que podem ser encontradas em diversos formatos, pensadas para serem consumidas em até dois minutos.

De acordo com pesquisa da Microsoft Corp, o tempo médio de concentração hoje é de apenas oito segundos, quatro a menos do que a média nos anos 2000. Por isso, formatos curtos estão florescendo no mercado. Mas não se engane: não é apenas produzir conteúdo deste tipo, o material deve ser pensado como complementar a outras modalidades e deve ser coeso com o todo, permitindo que o funcionário o utilize para aprender alguma novidade rápida ou fortalecer o conhecimento em outras áreas.

3 – Gamificação

Novamente aqui entramos na disputa pela atenção. Não podemos nos negar a ver as aceleradas mudanças que aconteceram nas últimas décadas e continuar produzindo educação corporativa como se fazia nos anos 80. A gamificação, como o próprio nome diz, consiste em transformar conteúdos educativos em jogos. Com isso, o material fica mais dinâmico, interativo e cresce a fixação do aprendizado.

4 – Capacitação remota

A capacitação deve estar onde o funcionário está. Quanto mais simples o acesso, maior o interesse e capilaridade do ensino dentro de sua organização. Por mais que os cursos presenciais sejam importantes e estejam voltando com tudo, disponibilizar conteúdo remoto, para ser acessado onde o funcionário quiser e quando quiser – notebook, tablet ou celular – aumenta a chance da sua organização ter sucesso na captura desta atenção do funcionário e em seu aprendizado.

5 – Humanização

A área de Recursos Humanos deve fornecer conteúdos não apenas técnicos (hard skills), mas que também foquem nas relações interpessoais (soft skills). A humanização, empatia, o saber ouvir e se comunicar, é algo fundamental para o bom andamento de uma empresa, que deve fornecer capacitação neste sentido para os seus funcionários.

Fonte: Revista Insurance Corp