Incêndio em Polo Petroquímico causa morte, deixa pessoas feridas e desperta atenção para seguro na indústria

No último domingo (19), um incêndio matou um funcionário e deixou três feridos em uma distribuidora de Polo Petroquímico. Em nota divulgada, a empresa disse que o incidente aconteceu durante uma manutenção de rotina em uma das bases de bombas. O acidente ocorreu em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia (GO), e despertou a atenção do setor de seguros.

Thais Coutinho, sócio-fundadora da Corretora Seg Fácil Seguros, explicou que o polo petroquímico é um grande risco e, por isso, na hora de contratar um seguro, o processo é mais detalhado: “Antes de fazer uma contratação, a seguradora passa por um gerenciamento de risco junto com um departamento responsável com os analistas e os engenheiros, para ver se é possível ter cobertura ou não através da seguradora e resseguradora”. “Isso porque, quando a gente fala de uma indústria química, a gente está falando de milhões e necessita, além da cobertura da seguradora, da resseguradora, que garante a seguradora, se comporta a cobertura por uma indústria química e quais as coberturas que vai entrar nesse gerenciamento de risco”, explicou.

A especialista comentou que, no processo de análise, fatores, como a saúde dos envolvidos, dos funcionários, impacto no meio ambiente, gestão do produto que estão fabricando, a segurança do trabalhador que está por lá, além de toda a logística de tempo e de funcionamento das máquinas e do local que precisa de cobertura, são levados em consideração.

Diante disso, a especialista em diversos segmentos de seguros destacou que nem todos os polos contam com cobertura securitária, mas, quando tem, são coberturas pré-estipuladas com POS, com participação obrigatória, que seria um tipo de franquia.

Como houve um óbito e funcionários machucados, Thais também enfatizou o seguro de pessoas. “Por ser uma profissão de risco, a saúde e tudo mais, além deles terem o tempo de aposentadoria, de contribuição, reduzido por conta do risco à saúde, os funcionários têm a cobertura, que é obrigatória para o sindicato de seguro de vida”, afirmou.

“Dentro dessa cobertura, a empresa é responsável pelos funcionários que se machucaram. Então, provavelmente, se eles não tiverem um plano de saúde oferecido pelo polo petroquímico, eles vão ter toda a cobertura de forma particular através da empresa que eles são obrigados pelo sindicato”, acrescentou, finalizando. 

Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti