Ativos da previdência aberta já passam de 13% do PIB
Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — FenaPrevi indicam que, em setembro deste ano, os ativos em planos de previdência privada ultrapassaram a marca de R$ 1,5 trilhão, o equivalente a pouco mais de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Segundo o presidente da entidade, Edson Franco, o cenário de recuperação do emprego e da renda vem contribuindo para os resultados do setor. “Somado a isso temos o aumento da preocupação com o futuro, com a aposentadoria em particular, o envelhecimento e a necessidade de mais recursos financeiros por mais tempo”, frisa o executivo, em comunicado divulgado pela Federação.
Ele acrescenta que apesar de o avanço expressivo já alcançado, é necessário aumentar ainda mais a conscientização da sociedade para a importância de planejar o futuro, para que a longevidade possa ser desfrutada e seja sinônimo de bem-estar. “Essa é uma responsabilidade de todos: de cada indivíduo e dos setores público e privado”, destaca Franco.
Ainda de acordo com a FenaPrevi, em setembro, 11,2 milhões de pessoas possuíam planos de previdência privada aberta. Essa soma corresponde a 7% da população com 18 anos ou mais no Brasil.
O levantamento indicou o crescimento de 1,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado. “A população com cobertura previdenciária privada aberta segue em crescimento, mesmo que gradual, mostrando que se trata de um produto desejado pela sociedade.
Os planos PGBL e VGBL atendem a todas as classes sociais, sendo que quase metade das pessoas por eles protegidas são da classe C”, afirma o presidente da FenaPrevi.
Contudo, na visão dele, ainda há uma “grande lacuna de proteção previdenciária a ser revertida”, em prol do bem-estar futuro da sociedade e do país.
A FenaPrevi informa ainda que existem hoje, no Brasil, mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta, sendo 80% individuais e 20% na modalidade coletiva.
O VGBL é plano “favorito”, com 8,9 milhões de planos, representando 63% do total. Já o PGBL foi a opção escolhida em 22% dos planos comercializados (o que corresponde a 3,1 milhões de planos) e os demais 15% (2,2 milhões) são planos tradicionais.
Ao longo dos nove primeiros meses do ano foram arrecadados R$ 146,9 bilhões nos planos de previdência privada aberta no país. Isso significa um crescimento de 17,6% em relação ao mesmo período de 2023.
Na mesma base de comparação, os resgates aumentaram 3,4%, menos do que a inflação no período, somando R$ 99,3 bilhões. Ao descontá-los do valor arrecadado, tem-se a captação líquida de R$ 47,7 bilhões, aumento de 64,6%.
Fonte: CQCS