A atividade econômica de Santa Catarina registrou um crescimento de 7,1% entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados são do indicador de desempenho econômico do Banco Central (IBCR), que colocou o estado como o segundo com maior crescimento no país.

O desempenho catarinense também superou a média nacional para o período, que ficou em 3,5%.

Apesar do bom resultado no acumulado do ano, o indicador registrou queda de 1% em abril na comparação com março.

No mesmo intervalo, a média nacional apresentou alta de 0,2%.

Segundo a economista Camila Morais, do Observatório FIESC, o recuo pontual reflete um cenário mais difícil para os negócios, com juros ainda elevados e restrições no crédito.

A indústria foi o principal motor do crescimento catarinense no quadrimestre.

De acordo com dados do Observatório FIESC, a produção industrial no estado cresceu 6,4% no período.

Destaques vão para setores como a fabricação de máquinas e equipamentos, com alta de 18,7%; a fabricação de produtos de metal, que avançou 17,9%; e a fabricação de veículos, que cresceu 13,4% na comparação com os quatro primeiros meses de 2024.

O comércio também teve desempenho positivo, com crescimento de 5,9% no acumulado do ano até abril.

O avanço foi impulsionado principalmente pelas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que subiram 18,9%; além dos segmentos de tecidos, vestuário e calçados, com alta de 10%; e de hipermercados e supermercados, que cresceram 8,4%.

Porém, em abril, o setor registrou queda de 1,8% em relação a março.

No setor de serviços, o crescimento foi de 4,9% no quadrimestre.

Os serviços prestados às famílias, como restaurantes, subiram 11,9%.

As atividades turísticas tiveram alta de 10%, enquanto os serviços de transporte, auxiliares e correio cresceram 7%.

Em abril, o setor registrou aumento de 0,5% na comparação com o mês anterior.

A economista Camila Morais, do Observatório FIESC, diz:

“O resultado na análise mensal da atividade econômica mostra sinais de desaceleração recente, refletindo um ambiente de negócios mais desafiador, marcado por juros elevados e restrições no crédito”.

Fonte: Noticenter