A COP30 realizada em Belém (PA) vai chegando ao fim e a grande expectativa do mercado segurador é a inclusão do seguro como uma ferramenta importante na mitigação e adaptação das mudanças climáticas na agenda de ação.

Após 12 dias de atividades intensas paralelas à COP30 que posicionaram o setor de seguros como peça-chave no agenda climáticas, em reunião na manhã de 21 de novembro, representantes de seguradoras e lideranças do mercado de seguros discutiram a participação na COP30 e o papel do setor daqui para frente na Casa do Seguro.

Para Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a COP30 cumpriu o papel de ser objetiva. "O que sobressai é o equilíbrio entre as agendas de mitigação e adaptação. Conscientização do que é necessário fazer para lidar, conviver e resistir ao estágio atual das mudanças climáticas tão presentes no dia a dia. Tivemos grandes avanços em termos de comprometimento das empresas e das entidades, inclusive do próprio governo".

Do ponto de vista do mercado segurador, Oliveira lembrou que o setor de seguros conseguiu estabelecer um conjunto amplo de parcerias na Casa do Seguro. "Conseguimos estabelecer um conjunto amplo de parcerias na Casa do Seguro trazendo uma visão transversal e ampliada do papel do seguro dentro das mais diversas atividades. O dever de casa é que consigamos avançar".

O próximo passo é a criação de uma força tarefa global do mercado de seguros em relação à sustentabilidade. "Precisamos envolver os grandes líderes globais da indústria de seguros e conectá-los aos stakeholders que estão lidando diretamente e tem maior capacidade de influenciar decisões políticas que envolvem sustentabilidade. O setor de seguros tem um grande papel a exercer, tanto na agenda de mitigação como na de adaptação", disse Oliveira.

A Agenda de Ação é o pilar da Convenção do Clima para intensificar a redução de emissões, a adaptação às mudanças do clima e a transição para economias sustentáveis, conforme previsto no Acordo de Paris.

Fonte: Revista Cobertura