O futebol brasileiro: seguro dentro e fora dos campos
Nos anos 2000, enquanto o Brasil vivia a era de ouro de grandes craques, como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Kaká, uma discussão importante ganhava força nos bastidores do futebol: a necessidade de proteger atletas, comissões técnicas e até torcedores por meio do seguro.
O tema não era novo, mas começou a ganhar proporções maiores quando acidentes aéreos envolvendo delegações de futebol no mundo levaram a FIFA a exigir que todas as seleções, não apenas a principal, tivessem proteção completa durante viagens e competições. Ou seja, qualquer grupo que representasse o país precisava ser segurado, em qualquer lugar do mundo.
O talento virou patrimônio segurado
A reportagem da época destacava um exemplo emblemático: a apólice do jogador Kaká, quando ele foi transferido do São Paulo para o Milan, previa indenização de US$ 8 milhões em caso de morte ou invalidez permanente.
A lógica era simples: não dava para evitar contusões comuns do esporte, mas era inadmissível deixar de proteger atletas de elite em riscos maiores. A preocupação não era só com craques mundialmente reconhecidos. Jogadores menos midiáticos também precisavam ter suas carreiras, rendas e vidas protegidas.
O mesmo acontecia com torcedores. A apólice que cobria o público do Campeonato Brasileiro previa indenizações para casos de morte acidental e invalidez permanente, proteção que, mais tarde, seria reforçada pelo Estatuto do Torcedor.
Torcedor também era segurado
Desde 2001, a CBF já mantinha uma apólice específica para quem frequentava os estádios, adaptada ao público em cada partida. Em cinco anos, mais de 35 milhões de torcedores estavam protegidos por esse seguro.
Um caso marcante citado na matéria foi o de Michel Domingues, torcedor que faleceu ao cair no fosso que separava as arquibancadas do gramado, em uma partida em Curitiba. A indenização à família foi paga em até 15 dias, um procedimento ágil para a época.
Mercado de segurador no futebol
Esses episódios mostram como o seguro sempre caminhou ao lado do esporte, garantindo segurança jurídica, financeira e operacional. Jogadores, clubes, torcedores e até a própria CBF entenderam que sem proteção, o risco era grande demais.
Hoje, a lógica permanece, só que ainda mais complexa. Com contratos milionários, transferências internacionais e profissionalização crescente, o seguro para atletas continua sendo peça-chave para preservar carreiras, clubes e famílias.
Fonte: CNseg | Notícias do Seguro