Investimentos de seguradoras em tecnologia avançam

A busca pela eficiência operacional e a redução dos custos sem perda da qualidade surgem como alavancadores de investimentos em tecnologia da informação, que também são obrigatórios no desenvolvimento de novos produtos e na necessidade de adequação às mudanças regulatórias. A I4PRO IRP enxerga esse momento como de oportunidade, afirmou o diretor de marketing e vendas, Mauricio Ghetler. E o executivo se baseia no fato de o carro-chefe da companhia abranger toda a automação de processos, desde a cotação de seguros até a emissão de apólices, regulação de sinistros, administração de coseguros, resseguros, toda parte de relatórios oficiais e demandas regulatórias que a Susep venha a fazer e a parte de integração contábil. Para poder fazer frente à demanda criada pela crise, a I4PRO projeta para este ano investimentos de cerca de R$ 500 mil, para garantir que o faturamento avance 40% sobre o do ano passado. Ghetler refere-se a 2008 como um ano muito bom para a companhia. "Crescemos 53% em termos de faturamento, afirmou sem precisar valores. Ele esclareceu que a projeção de expansão para este ano é conservadora, pois se o mercado der uma reviravolta e se aquecer, pode ser melhor ainda. Em busca do capital E como 2009 vai se caracterizar como um ano de investimento em TI, são estudadas alternativas para substituir o capital próprio. A motivação das seguradoras inclui a renovação de parque (hardware, software e telecomunicações), a busca da eficiência operacional, "fazer mais com menos", e as mudanças regulatórias que devem ocorrer no mercado. Todas as empresas de TI estão revendo estratégias, principalmente para serem mais agressivas comercialmente, mas muitas estão diminuindo os investimentos. "No nosso caso, revimos as estratégias de expansão internacional, focando mais o Brasil que é menos afetado pela crise". Ghetler acha que estamos vivendo, por conta da crise, um cenário parecido com o que ocorreu no mercado financeiro na década de 80 e início dos anos 90 - de grandes investimentos em automação de processos. Garantias públicas O principal ganho das seguradoras está na eficiência e na capacidade de atingir outros nichos em um prazo muito curto e a um custo aceitável. Alguns nichos que estão despontando e vão se desenvolver mais são os de garantias públicas e privadas, principalmente por conta de obras. "Aqui no Brasil, o destaque são para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que não devem parar. Caso contrário, o País para de vez", disse o executivo. "Esse é um segmento que cresce quase 100% ao ano". Outros segmentos que têm crescido bastante são o de seguro de vida e o de seguro de crédito. Eu diria que hoje em dia uma seguradora utiliza, em média, de 1,5% a 3,5% do seu prêmio diretamente para investimentos e despesas em tecnologia, disse Ghetler. É um valor bastante expressivo. Em alguns países no exterior, o valor é inferior, porque lá as coisas não mudam tanto como aqui no Brasil. O mercado de seguro lá fora é mais maduro. Aqui, ele está sendo moldado. As normas e os processos ainda estão sendo criados. Além disso, o brasileiro tem uma característica de querer fazer tudo diferente. E, para fazer tudo diferente é preciso, muitas vezes, investir mais. O que houve nos Estados Unidos foi uma má gestão das reservas técnicas das seguradoras. Este problema não deve ocorrer aqui porque a Susep (Superintendência de Seguros Privados) é bem mais criteriosa na regulação. É um organismo muito atuante. Isso nos leva a pensar que não deve mudar nada, que está tudo em ordem, mas o Brasil sempre copia as boas práticas. Se houver boas práticas lá fora, motivada por Estados Unidos ou Europa, certamente isso se refletirá aqui, ponderou Ghetler. Se considerarmos a clientela ativa, ou seja, de seguradoras que mantém contrato e recebem nossos produtos mensalmente, estamos com 17% do mercado segurador brasileiro. Somos o maior em clientela ativa, avalia. Exportações Desde a fundação da empresa analisamos o mercado externo. Adaptamos nossos produtos, seja do ponto de vista regulatório, de moedas e de linguagem para outros países. Hoje nosso RP é disponível em português, espanhol, inglês e japonês. O mercado de seguros na China ainda é muito pequeno e não está no foco da I4PRO, diz Ghetler. É extremamente centralizado em grandes estatais e muito complicado para se trabalhar. Para nós são muito mais importantes os Estados Unidos que, apesar dos problemas, têm 30% dos seguros no planeta sendo feitos lá. No Japão, 15% e na China 2,5%. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(Priscila Dadona/InvestNews)A busca pela eficiência operacional e a redução dos custos sem perda da qualidade surgem como alavancadores de investimentos em tecnologia da informação, que também são obrigatórios no desenvolvimento de novos produtos e na necessidade de adequação às mudanças regulatórias. A I4PRO IRP enxerga esse momento como de oportunidade, afirmou o diretor de marketing e vendas, Mauricio Ghetler. E o executivo se baseia no fato de o carro-chefe da companhia abranger toda a automação de processos, desde a cotação de seguros até a emissão de apólices, regulação de sinistros, administração de coseguros, resseguros, toda parte de relatórios oficiais e demandas regulatórias que a Susep venha a fazer e a parte de integração contábil. Para poder fazer frente à demanda criada pela crise, a I4PRO projeta para este ano investimentos de cerca de R$ 500 mil, para garantir que o faturamento avance 40% sobre o do ano passado. Ghetler refere-se a 2008 como um ano muito bom para a companhia. "Crescemos 53% em termos de faturamento, afirmou sem precisar valores. Ele esclareceu que a projeção de expansão para este ano é conservadora, pois se o mercado der uma reviravolta e se aquecer, pode ser melhor ainda. Em busca do capital E como 2009 vai se caracterizar como um ano de investimento em TI, são estudadas alternativas para substituir o capital próprio. A motivação das seguradoras inclui a renovação de parque (hardware, software e telecomunicações), a busca da eficiência operacional, "fazer mais com menos", e as mudanças regulatórias que devem ocorrer no mercado. Todas as empresas de TI estão revendo estratégias, principalmente para serem mais agressivas comercialmente, mas muitas estão diminuindo os investimentos. "No nosso caso, revimos as estratégias de expansão internacional, focando mais o Brasil que é menos afetado pela crise". Ghetler acha que estamos vivendo, por conta da crise, um cenário parecido com o que ocorreu no mercado financeiro na década de 80 e início dos anos 90 - de grandes investimentos em automação de processos. Garantias públicas O principal ganho das seguradoras está na eficiência e na capacidade de atingir outros nichos em um prazo muito curto e a um custo aceitável. Alguns nichos que estão despontando e vão se desenvolver mais são os de garantias públicas e privadas, principalmente por conta de obras. "Aqui no Brasil, o destaque são para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que não devem parar. Caso contrário, o País para de vez", disse o executivo. "Esse é um segmento que cresce quase 100% ao ano". Outros segmentos que têm crescido bastante são o de seguro de vida e o de seguro de crédito. Eu diria que hoje em dia uma seguradora utiliza, em média, de 1,5% a 3,5% do seu prêmio diretamente para investimentos e despesas em tecnologia, disse Ghetler. É um valor bastante expressivo. Em alguns países no exterior, o valor é inferior, porque lá as coisas não mudam tanto como aqui no Brasil. O mercado de seguro lá fora é mais maduro. Aqui, ele está sendo moldado. As normas e os processos ainda estão sendo criados. Além disso, o brasileiro tem uma característica de querer fazer tudo diferente. E, para fazer tudo diferente é preciso, muitas vezes, investir mais. O que houve nos Estados Unidos foi uma má gestão das reservas técnicas das seguradoras. Este problema não deve ocorrer aqui porque a Susep (Superintendência de Seguros Privados) é bem mais criteriosa na regulação. É um organismo muito atuante. Isso nos leva a pensar que não deve mudar nada, que está tudo em ordem, mas o Brasil sempre copia as boas práticas. Se houver boas práticas lá fora, motivada por Estados Unidos ou Europa, certamente isso se refletirá aqui, ponderou Ghetler. Se considerarmos a clientela ativa, ou seja, de seguradoras que mantém contrato e recebem nossos produtos mensalmente, estamos com 17% do mercado segurador brasileiro. Somos o maior em clientela ativa, avalia. Exportações Desde a fundação da empresa analisamos o mercado externo. Adaptamos nossos produtos, seja do ponto de vista regulatório, de moedas e de linguagem para outros países. Hoje nosso RP é disponível em português, espanhol, inglês e japonês. O mercado de seguros na China ainda é muito pequeno e não está no foco da I4PRO, diz Ghetler. É extremamente centralizado em grandes estatais e muito complicado para se trabalhar. Para nós são muito mais importantes os Estados Unidos que, apesar dos problemas, têm 30% dos seguros no planeta sendo feitos lá. No Japão, 15% e na China 2,5%. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(Priscila Dadona/InvestNews)